Pequenos provedores Internet correm riscos de ataques cibernéticos em suas infraestruturas por terem equipes enxutas e por falta de recursos para avançar com a proteção dos seus pontos críticos. Esse é um ponto central do white paper “Segurança Cibernética em Redes de Banda Larga Fixa”, elaborado pelo Centro de Segurança Cibernética (CxSC Telecom) do Inatel, com patrocínio da Huawei.
O relatório pontua que, na maior parte dos municípios brasileiros, o acesso à internet é dominado por pequenos ISPs, que utilizam redes Wi-Fi (via rádio), GPON (por fibra óptica) e outras variações de tecnologias de acesso. Na prática, o material quer auxiliar os provedores a identificar e proteger as áreas ou pontos críticos.
Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, durante a 3ª edição do Cyber Telecom, organizado pela Network Eventos, nesta quarta-feira, 28 de novembro, no Rio de Janeiro, o diretor de Cibersegurança e Soluções da Huawei, Marcelo Motta, lembra que quase metade das conexões de banda larga fixa está nas mãos dos ISPs e o segmento tem de pensar em cibersegurança desde o planejamento da sua infraestrutura de rede.
“Sabemos que muitos montam e operam a rede, para depois pensar em cibersegurança. O White Paper da Inatel quer conscientizar os ISPs a pensarem em cibersegurança desde o primeiro momento. Sabemos que o custo é um ponto crítico, mas o ISP não pode escolher soluções não confiáveis e de alto risco”, diz Motta. “Uma rede pode ser derrubada se for acessada de forma inapropriada o que causa um dano grave ao negócio”, adverte ainda.
Motta descarta um apagão cibernético, mas lembra que cibersegurança tem de ser prioridade, principalmente para os ISPs que atuam em áreas onde são os únicos fornecedores de acesso à Internet. “Conscientização é o nome do jogo”, relata o executivo da Huawei. O white paper está disponível para download gratuito em: https://bit.ly/412NtSE. Assista a entrevista com o diretor de Cibersegurança e Soluções da Huawei, Marcelo Motta.