Para 83%, produtos vendidos pela internet são mais baratos
As vendas pela internet movimentam cerca de R$ 50 bilhões por ano no Brasil e segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, o trunfo são os preço – ou pelo menos a impressão sobre eles. Para 83% dos entrevistados, a oferta de produtos mais baratos é a grande vantagem de comprar pela rede. O que ajuda a entender porque 62% alegam preferir a internet na hora de fazer compras, enquanto 36% ainda preferem as lojas físicas.
Outros dados do levantamento indicam que comprar pela internet garante comodidade (75%) e maior variedade na oferta de produtos (73%). Também são mencionados como fatores positivos a facilidade para escolher produtos (62%), disponibilidade de informações (59%), agilidade na compra (58%) e melhores formas de pagamento (57%).
Na rede, porém, as tentações são maiores. Segundo a pesquisa, 41% admitem que nem sempre planejam as compras on-line e na maior parte das vezes são tentados pelo desejo de consumo (23%) ou pelo senso de oportunidade (18%) ao se depararem com uma oferta. Nesses casos, os principais motivos das compras impulsivas feitas pela internet são as promoções (67%), as visitas constantes aos sites das lojas (36%) e o recebimento de propagandas (24%).
Os tipos de produtos que os consumidores menos resistem na internet, mesmo sem saber se têm condições de comprar, são as roupas, calçados e acessórios (37%), cosméticos e perfumes (18%), livros (16%), artigos para casa (15%) e eletrônicos (14%). Já os canais online que mais estimulam as compras por impulso são e-mails de divulgação (56%), notificações de ofertas de aplicativos (48%), redes sociais (33%) e os influenciadores digitais (28%).
O estudo indica que 47% pesquisam na rede antes de comprar, especialmente informações sobre preços (38%), detalhes e características daquilo que pretendem adquirir (22%) e a opinião de outros clientes sobre a experiência de compra (10%). Apenas 18% dos entrevistados compram direto em lojas físicas sem fazer qualquer consulta no ambiente virtual. Outros 35% recorrem à consulta apenas eventualmente.
No caminho inverso, a pesquisa indica que 25% dos entrevistados visitam loja física antes de comprar na internet, em busca de ver detalhes de perto e pesquisar preço. Outros 44% tomam essa atitude a depender do produto, enquanto 30% não se importam em realizar a pesquisa, indo direto aos sites ou aplicativos. Os produtos mais procurados são eletrodomésticos (53%), smartphones (46%), eletrônicos (41%) e roupas ou acessórios (29%).
A facilidade de troca nas lojas físicas é uma vantagem apontada por 73% dos entrevistados. Além disso, qualidade do atendimento (51%) e pós-venda (46%), bem como a impressão de que há menos decepções (40%) também são qualidades valorizadas. E 38% destacam a vantagem de poder levar o produto imediatamente.
A pesquisa CNDL/SPC ouviu 815 consumidores de ambos os gêneros, todas as classes sociais, capitais do país e acima de 18 anos que fizeram alguma compra online nos 12 meses anteriores ao estudo, ocorrido entre os dias 08 e 18 de maio de 2018. A margem de erro é de no máximo 3,43 pp a uma margem de confiança de 95%.