Pequenos provedores lideram oferta de banda larga em 20 estados
Um novo relatório da Anatel sobre a oferta de banda larga no Brasil volta a destacar o papel das prestadoras de pequeno porte (PPPs) na inclusão digital. Os pequenos provedores somados lideram o mercado em 20 estados do país, concentram velocidades mais altas e uma maior proporção de conexões em fibra óptica.
É um desempenho e tanto em um segmento que, embora menos que na telefonia celular, também é bastante concentrado no topo. Afinal, três empresas não PPPs – Claro, Vivo e Oi – detém 58% do mercado, com 21,3 milhões dos 36,2 milhões de acessos ativos de banda larga fixa.
Todas as demais 5,9 mil empresas com menos de 5% do mercado total – regra da agência que caracteriza quem é PPP, portanto menos de 1,8 milhão de acessos – respondem por 14,9 milhões de contratos ativos. Nesse universo há empresas como Algar, Brisanet e TIM, com cerca de 700 mil clientes cada, mas também pelo menos 1 mil provedores com menos de 80 acessos em serviço.
Heterogêneo, esse grupo das PPPs puxa o crescimento das conexões internet no país. Em 2020, elas somaram 4 milhões de novos acessos, em um ano cujo crescimento líquido foi de 3,3 milhões de conexões (Vivo e Oi perderam mais clientes do que ganharam no ano passado).
O relatório mostra, ainda, que a fibra óptica representa 47% de todas as conexões fixas à internet no país. Mas enquanto essa é a tecnologia de aproximadamente um terço das conexões das grandes empresas, no conjunto das PPPs a fibra responde por mais de 70% das conexões – ou 10 milhões dos mais de 14 milhões de acessos desse grupo.
Como resultado, é maior a proporção das conexões das PPPs com as maiores velocidades segundo a segmentação da Anatel. Mesmo considerando-se apenas as conexões de fibra, as grandes empresas têm 46,6% de acessos com mais de 34 Mbps. Já entre as PPPs, as velocidades mais altas representam 53,4% do total.