PF prende provedor internet que usava traficantes para atacar concorrentes
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta, 4/5, a Operação Sem Mega, com o objetivo de desarticular uma associação entre um provedor de internet de Angra dos Reis (RJ) com traficantes de drogas. Os traficantes agiam para impedir concorrentes no mercado de internet, enquanto a empresa monitorava ações policiais.
Segundo a Polícia Federal, cerca de 60 policiais cumprem 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Angra dos Reis, em endereços localizados nos municípios de Angra dos Reis, Nilópolis/RJ e Rio de Janeiro/RJ.
Diz a PF que as investigações, iniciadas em setembro de 2022, apontaram para a associação do provedor internet teria com traficantes locais com o intuito de impedir que outras empresas instalassem serviços de telecomunicação e internet nas comunidades de Angra dos Reis. Em contrapartida, a referida fornecedora de internet instalava câmeras para os integrantes do tráfico, as quais serviriam para monitoramento de ações policiais.
Conforme apurado, os traficantes retiravam e danificavam os equipamentos de outras empresas para possibilitar que a fornecedora de internet investigada instalasse seus aparelhos, configurando um monopólio na prestação dos serviços de telecomunicação nestas comunidades.
Diante da situação, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e internet clandestina. Se somadas, as penas máximas dos crimes podem chegar a mais de 30 anos de reclusão.
Segundo a polícia, a operação Sem Mega é um trocadilho com o pacote de 100 Mega oferecido pelo provedor internet, combinado com o fato de que os moradores ficavam sem internet quando os equipamentos concorrentes eram danificados.
* Com informações da PF