Internet

Proliferação de serviços streaming faz crescer o ‘consumidor bumerangue’

Um novo estudo da Kantar Ibope Media revela que 98% dos usuários de internet no Brasil consomem algum tipo de conteúdo via streaming de áudio ou vídeo e 73% afirmam que o consumo de streaming de vídeo, tanto pago como gratuito, aumentou após o início da pandemia de Covid-19. Neste 2020, o número de assinantes destes serviços atingiu 36%, contra 29% no ano anterior.

A dificuldade, aponta o estudo, é manter a audiência fiel diante do lançamento de várias novas opções de streaming. De acordo com o estudo Tendências e Previsões de Mídia, é cada vez mais comum o perfil de consumidor que navega entre plataformas e se vê, muitas vezes, diante da difícil decisão de aumentar o número de assinaturas ou de cancelar um serviço para contratar outro. 

“A chegada de novos players, como a Pluto TV e a Disney+, aquecem o mercado nacional já em alta com o sucesso da Netflix, Globoplay, Prime Video, entre outros”, comenta Adriana Favaro, Diretora de Negócios da Kantar IBOPE Media no Brasil. “Mas tem um ponto, quantas plataformas posso assinar? Uma das tendências apontadas no nosso relatório é o ‘assinante-bumerangue’, que enxerga as plataformas como intercambiáveis, migrando entre serviços sob demanda e serviços de streaming, elevando a batalha a outros níveis.”

A julgar pelo que acontece nos Estados Unidos, aumenta o número de consumidores migrando de plataformas: no quarto trimestre de 2019 esse público representava 5%, já no terceiro trimestre de 2020 esse número cresceu 12%. O número de “consumidores bumerangue”, que entram e saem do mercado de streaming, aumentou de 9% no quarto trimestre de 2019 para 14% no terceiro trimestre deste ano.

No Brasil a predominância dos acessos a conteúdo de vídeo é por meio da TV e do smartphone. Nas primeiras avaliações do Kantar Ibope, foram consideradas três plataformas: Netflix, Youtube e BVOD, que são as plataformas digitais das emissoras de TV. 


O resultado aponta que 58% dos brasileiros acessam o Netflix pela TV, 36% pelo celular e 5% pelo computador. Já o Youtube tem 66% dos seus acessos pelo celular, 18% pelo computador e 16% pela TV e as plataformas digitais das emissoras de TV seguem tendência similar do Netflix, 53% pela TV, 33% pelo celular e 13% por meio do computador.

Botão Voltar ao topo