Serviços de streaming geram 51% das receitas da indústria da música nos EUA
O streaming de músicas via internet não só é a principal fonte de receita das grandes gravadoras americanas como em 2016 passou a representar mais da metade de todo o faturamento desse setor. O novo relatório da RIAA, a entidade que representa a indústria da música nos Estados Unidos, mostra que dos US$ 7,7 bilhões gerados no ano passado, cerca de R$ 24 bilhões, US$ 3,9 bilhões (R$ 12,2 bi), ou 51,4% do total, foram receitas com streaming.
“Nenhum formato cresceu tanto quanto as assinaturas”, diz o relatório da RIAA, destacando a alta de 114% nesse segmento específico, para lá de US% 2,5 bilhões – o que sozinho representou um terço de todo o faturamento das grandes gravadoras. Serviços como Spotify, Tidal ou Apple Music viram o número de assinantes mais do que dobrar (109%), de uma média de 10,8 milhões em 2015 para 22,6 milhões no ano passado.
Outras modalidades de streaming também cresceram, ainda que em níveis mais modestos. O faturamento com rádios online aumentou 10%, para US$ 884 milhões (cerca de R$ 2,8 bi), enquanto serviços por demanda, como YouTube, Vevo e a versão do Spotify que também é suportada por publicidade cresceram 26%, para US$ 469 milhões (R$ 1,4 bi).
Em contrapartida, a venda de músicas avulsas ou mesmo de álbuns completos pela rede (que a RIAA agrega em downloads permanentes e ringtones) caiu 22% no agregado, mas ainda representou 24,1% do mercado em 2016. O que leva a distribuição pela internet para impressionantes 75,5% de todas as receitas da indústria americana de música.
Assim como os downloads permanentes, a venda física de discos manteve a trajetória de queda, com recuo de 16% na comparação anual. Esse segmento, que era mais da metade do mercado até 2010, representou 21,8% das receitas em 2016 (era 29% em 2015). A venda de CDs, que são 70% das vendas físicas, caiu 21%. Mas os discos de vinil continuam em alta: cresceram 4% no ano passado e representaram receitas de US$ 430 milhões (R$ 1,3 bi), quase o mesmo faturamento com serviços tipo YouTube.