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TelComp: Sem postes não há oferta de banda larga e de 5G

Os postes são fundamentais para as redes de acesso sejam elas fixas ou móveis e não podem ser demonizados como acontece em vários municípios e órgãos como Procons e Ministério Público, afirmou o presidente-executivo da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas, TelComp, Luiz Henrique Barbosa, ao participar do Seminário Políticas de Telecomunicações, em evento online promovido pelo portal Teletime, nesta segunda-feira, 22/02.

“Sem postes, sem FTTH. Os postes são essenciais e devem ser tratados com a sua essencialidade. Órgãos como Procons e Ministério Público querem o enterramento, mas essa é uma medida que custa muito e demora muito”, observou o executivo. Barbosa, no entanto, se mostrou bem cético com a defesa feita pelo presidente da Anatel, Leonardo de Morais, para se ter uma espécie de ‘operador neutro’, coordenando o uso dos ativos.

“Corremos o risco de criarmos mais um explorador e criar um poder dominante, um monopólio. Esse operador neutro vai requerer regulação e fiscalização rigorosas e não sei se temos condições de fazer isso”, ponderou o presidente-executivo da TelComp. Para Luiz Henrique Barbosa, o que está faltando é uma política nacional, com orientação da Anatel e da Aneel(Agência reguladora do setor elétrico), com a participação dos ministérios associados ( Comunicações e Minas e Energia), assim, municípios teriam uma regra geral para cumprir.

O presidente da Anatel, Leonardo de Morais, sustentou que só se vai ter uma solução para o impasse entre todos os entes envolvidos no uso dos postes quando eles deixarem de serem vistos como problema e passarem a ser encarados como uma oportunidade de novos negócios. “Uma operadora neutra talvez não venha a ser a solução de todos os problemas existentes, mas é fato que, hoje, já estamos vivendo um monopólio e uma situação bem ruim”, completou.


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