TSE pede ao Exército que monitore redes sociais nas eleições de 2018
O Tribunal Superior Eleitoral vai usar o Exército para monitorar as redes sociais durante as eleições de 2018. O acordo foi firmado nesta quarta, 25/10, entre o presidente do TSE, Gilmar Mendes, com os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Justiça, Torquato Jardim, além do chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen.
“Estamos fazendo um convênio com a área de tecnologia do Ministério da Defesa e teremos outros subsídios a partir desses recursos”, afirmou Gilmar Mendes depois do encontro. Um dos alvos da varredura do Exército, que possui um Centro de Defesa Cibernética, são notícias falsas, ou fake news, na expressão em inglês.
“Creio que avançamos bem na questão do acompanhamento pela internet, de problemas de fake news. Precisamos realmente acompanhar essa nova realidade”, sustentou o presidente do TSE. Segundo ele, o acordo também visa monitorar uma suposta influência eleitoral de traficantes, notadamente no Rio de Janeiro.
Não chega a ser uma inovação. Vale lembrar que em 2013, o próprio Centro de Defesa Cibernética do Exército admitiu o monitoramento das redes sociais, especialmente durante manifestações políticas durante a Copa das Confederações, repassando informações à Polícia Federal e às Secretarias de Segurança Pública.
Gilmar Mendes disse que se reunirá com juízes responsáveis por analisar questões ligadas à propaganda eleitoral para discutir o tema das notícias falsas, assunto sobre o qual acredita que a Justiça Eleitoral deve tratar em resoluções.
* Com informações do TSE