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WhatsApp indica parceria inexistente contra ‘fake news’ e descarta mudanças no Brasil

No olho do furacão da principal denúncia de financiamento irregular na campanha presidencial, o Whatsapp esteve no Tribunal Superior Eleitoral na segunda-feira, 22/10, para discutir o combate a desinformação. E acabou vangloriando-se de parceria inexistente com o portal de checagem Aos Fatos para combater as chamadas ‘fake news’.

O próprio Aos Fatos participou da mesma reunião no TSE e relata nesta terça que “o evento, entretanto, converteu-se em uma oportunidade para a rede protagonista destas eleições, o WhatsApp, espalhar desinformação a respeito das ações que tem tomado nessa seara”.

“Participei ontem do encontro do conselho consultivo do TSE sobre internet e eleições. Google, Facebook, Twitter e WhatsApp presentes — o último por videoconferência. Eis a minha surpresa ao ser informada pelo WhatsApp, em sua fala, que o Aos Fatos tem uma parceria com o WhatsApp”, relata a diretora do site de checagem, Tai Nalon, pelo Twitter.

Em nota publicada nesta terça, a diretora do portal aponta que “dizer que usar o WhatsApp Business é uma parceria é a mesma coisa que dizer que somos parceiros da empresa de telefonia porque usamos a internet para publicar nossas checagens”. Segundo ela, “a informação é obviamente falsa. Não há qualquer parceria. De quatro e-mails que mandei aos meus contatos pedindo ações e propondo projetos, apenas um foi respondido evasivamente”.

Ainda nesta terça, apesar do verificado uso industrial de disseminação de notícias falsas por meio do aplicativo, o Whatsapp avisou que não tem intenção de modificar o limite de repasse de mensagens no Brasil, de 20 para 5, como concordou em fazer na Índia.


Questionada se o app elevará o limite de encaminhamento ou diminuir de 20 para cinco o número máximo de destinatários de mensagens encaminhadas no Brasil, a vice-presidente de políticas e comunicações do Whatsapp, Victoria Grand, disse: “Estamos bem confortáveis com esse número 20”.

* Com informações da Reuters

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