2022: guerra, covid e inflação não abalam a ambição digital das organizações
Pesquisa do Gartner mostra ainda que a sustentabilidade virou diferencial competitivo e está no top 10 das prioridades dos CEOs.
“2022 é o ano no qual as perspectivas dos CEOs realmente irão mudar”, sustentou Mark Raskino, Distinto Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. “A pandemia trouxe gradualmente à tona uma série de tendências sociais profundas, como o desejo de mudar a maneira como trabalhamos e a fragilidade das cadeias de suprimentos globais de longa distância. Mais recentemente, a invasão da Rússia à Ucrânia tem ajudado a ampliar os fatores macroeconômicos com os quais os CEOs agora precisam lidar, como a inflação”, reforça, ao comentar a pesquisa anual com CEOs e executivos seniores.
O estudo mostra as crescentes preocupações globais em torno das discussões sobre sustentabilidade, mudanças no modelo de força de trabalho e a alta da inflação. Mark Raskino reforça, ainda, as altas demandas das organizações por novas fases de digitalização das operações. “Simultaneamente a este contexto, a ambição de negócios digitais dos CEOs continua a aumentar de forma inabalável, mesmo diante da pandemia e de crises relacionadas”, diz. E há mudanças importantes.
Pela primeira vez, as questões ambientais entram nas 10 principais prioridades de negócios para CEOs, aparecendo em 8º lugar, um um salto significativo do 14º lugar em 2019 e 20º em 2015.”À medida que os líderes empresariais sentem a pressão das principais partes interessadas para fazer mais pela sustentabilidade ambiental, eles agora estão tratando as mudanças necessárias como oportunidades para impulsionar a eficiência dos negócios e o crescimento da receita”, observa Raksino.
Setenta e quatro por cento dos CEOs concordaram que o aumento dos esforços ambientais, sociais e de governança (ESG) atrai investidores para suas empresas. Dos 80% dos CEOs que pretendem investir em produtos novos ou aprimorados este ano e no próximo, a sustentabilidade ambiental foi citada como o terceiro maior impulsionador, atrás apenas do desempenho funcional e da qualidade geral. A sustentabilidade também aparece como um diferencial competitivo para os CEOs em 2022 e 2023 – aliás, está no mesmo patamar da confiança da marca entre os entrevistados.