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ABES: desoneração da folha é vital para manter empregos em software e serviços

A desoneração da folha – que foi prorrogada até o final de 2021, mas foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro, e está à espera de votação no Congresso Nacional para a possível derrubada desse veto – é vital para manter os empregos das áreas de software e serviços de TI, observou o vice-presidente do Conselho Deliberativo da ABES, Jorge Sukarie, ao abrir o terceiro e último dia da ABES Conference 2020, nesta quarta-feira, 30/09. Sukarie lembrou que a ABES está completando 34 anos e, como todo setor produtivo, passa por uma renovação a partir da transformação digital.

“A guinada digital permitirá que diversos setores da economia tenham uma retomada mais pujante. Nós mesmos, apesar da covid-19 e da crise econômica, temos uma previsão de crescer 4% em 2020. Em 2019, o crescimento foi de 10,5% e a projeção é de voltar a crescer dois dígitos em 2021, se a desoneração da folha for mantida. Sem ela, teremos perda de postos e de produtividade”, observou Sukarie. O executivo enumerou ainda a preocupação com a Reforma Tributária encaminhada pelo governo – que aumenta a tributação em serviços e afeta o setor de software. “Estamos mobilizados”, disse.

Segundo estudo Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2020, feito pela ABES/IDC, o mercado brasileiro de software e serviços cresceu o dobro da média mundial, com um giro de R$ 44,3 bilhões, ou R$ 161,7 bilhões no câmbio de então, na época já com desvalorização de 10% sobre 2018. Mas foi afetado pelo câmbio, que fez o Brasil perder posições no ranking mundial. O país foi superado pela Austrália e caiu para a 10ª posição no ranking mundial de TI, e desceu dois degraus, para a 11ª posição, ultrapassado por Holanda e Itália, em software e serviços.

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