Mercado

ABToken: Com segurança jurídica, 2025 será o ano da tokenização

A afirmação é da diretora-executiva da Associação Brasileira de Empresas Tokenizadas e Blockchain, Regina Pedroso. Segundo ela, no Brasil, a grande aposta está nos ativos verdes.

A moeda digital brasileira Drex representa um grande impulsionador do mercado, tendo trazido, desde o ano passado, uma nova dinâmica e acelerado modelos de negócios dentro do ecossistema que utiliza tokenização.

A avaliação foi feita por Regina Pedroso, diretora-executiva da ABToken, Associação Brasileira de Empresas Tokenizadoras e Blockchain e CEO da Iusto, ao participar do painel “Tokenização de ativos traz possibilidades para além do mercado financeiro”, no Febraban Tech 2024. 

Mas há desafios a serem vencidos — e o primeiro deles é regulatório, para que as empresas possam operar com segurança jurídica, como ela frisou em entrevista em vídeo à CDTV (assista abaixo). “Estamos em um momento de construção de novas normas e legislação, então, o regulador, o Banco Central, já fez uma primeira consulta pública no início deste ano e, no segundo semestre, promete convocar o mercado para uma segunda consulta pública. Devemos esperar para 2025 novas leis que tragam segurança e transparência para as operações no mercado”, disse. 

Atualmente, muitas empresas estão dentro do sandbox da CVM e atuando no que é possível dentro do cenário regulatório, já tendo produtos e serviços tokenizados no mercado. 

Casos de uso 


De acordo com Regina Pedroso, entre as grandes apostas para o mercado tokenizado estão os ativos verdes que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) promete regular, o que inclui créditos de carbono e certificados ambientais. “Isso vai trazer transparência e robustez para o investidor. O Brasil tem potencial natural para a sustentabilidade. Ativos florestais passam pela tokenização, pelo blockchain, e o rastreio para trazer segurança para a cadeia de sustentabilidade, para ASG”, explicou.  

A CVM está trabalhando na regulação deste setor. “São valores mobiliários que devem ser negociados dentro de uma bolsa; e isso vai trazer muita segurança para o investidor e fomentar o mercado”, afirmou na entrevista.  

Outros exemplos incluem tokenização de música, de títulos precatórios, que precisam ter maior liquidez; de matrículas imobiliárias para atrelar o histórico do imóvel ao título de propriedade; e de tokenização de commodities. “São casos de uso que provam que a tecnologia é interessante para o mercado”, assinalou.   

A líder da ABToken aposta que 2025 terá um cenário completamente diferente em tokenização, sendo mais célere e positivo. Neste ano, o momento é de investir, de testar, de validar e de colocar os produtos para rodar. “O ciclo de aprendizado leva um tempo. Agora, as empresas têm de testar a adoção da tecnologia para entender as questões regulatórias; e a aposta são várias”, analisou.  Assistam a entrevista.

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