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Agentes Inteligentes Proativos: essa é a nova fase da IA corporativa no Brasil

Estudo da Bain aponta que as fases dos chatbots e dos co-pilotos ficaram para trás. O momento das empresas é investir em IA para executar múltiplas tarefas para atingir um objetivo.

Um quarto das empresas brasileiras tem hoje ao menos um caso de uso baseado em inteligência artificial – em 2024, eram 12% –, aponta a 4ª edição da pesquisa da Bain & Company sobre a adoção da IA generativa. O levantamento também destaca que 67% das organizações no país consideram essa tecnologia uma de suas cinco prioridades estratégicas e, para 17%, ela já é o foco principal de investimentos.

“Primeiro, vimos uma onda de implementação com chatbots de IA generativa. Em seguida, surgiu uma nova fase com os co-pilotos, que trouxeram mais agilidade para tarefas complexas. Agora, estamos entrando em uma terceira fase, com agentes inteligentes proativos, capazes de executar múltiplas etapas para atingir um objetivo – a chamada Agentic AI”, reforça o sócio da Bain, Lucas Brossi.

O uso da IA no dia a dia também está crescendo entre os brasileiros: 62% dos entrevistados dizem estar familiarizados com ferramentas de IA, e 17% a utilizam frequentemente.

O estudo aponta que empresas que implementam a IA generativa têm alcançado um aumento de 14% na produtividade e um crescimento de 9% nos resultados financeiros. Além disso, houve um leve crescimento no número de organizações que estão na fase de experimentação ou que já possuem ao menos um caso de uso. Como esperado, o único percentual que caiu (-15%) foi o das empresas que ainda não utilizam IA.

Apesar do avanço, desafios como infraestrutura tecnológica e escassez de talentos continuam sendo os principais obstáculos para uma implementação mais acelerada, ambos citados por 39% dos entrevistados. No Brasil, as principais aplicações da IA generativa estão em ferramentas de produtividade, desenvolvimento de software, finanças e marketing.


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