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Amazon dá a largada para competir com a Starlink, de Elon Musk

Empresa lançou os 27 primeiros satélites de um total de 3.236 que a Amazon planeja colocar em órbita terrestre baixa para o Projeto Kuiper — um empreendimento de US$ 10 bilhões.

Os primeiros 27 satélites de internet banda larga do Projeto Kuiper, da Amazon, foram lançados ao espaço a partir da Flórida nesta segunda-feira (28), dando início ao tão adiado projeto de acesso à internet via satélite que pretende rivalizar com o Starlink da SpaceX.

Esses satélites são os primeiros de um total de 3.236 que a Amazon planeja colocar em órbita terrestre baixa para o Projeto Kuiper — um empreendimento de US$ 10 bilhões, revelado em 2019, com o objetivo de oferecer internet banda larga globalmente para consumidores, empresas e governos — os mesmos clientes que a SpaceX tem buscado há anos com o seu

Montado sobre um foguete Atlas V da United Launch Alliance (uma sociedade entre Boeing e Lockheed Martin), o lote de 27 satélites foi lançado ao espaço às 19h (horário da costa leste dos Estados Unidos) a partir da base de lançamentos da empresa em Cabo Canaveral, na Estação da Força Espacial dos EUA. O lançamento havia sido adiado anteriormente devido ao mau tempo, que impediu a tentativa inicial em 9 de abril.

O Kuiper é, indiscutivelmente, a maior aposta em andamento da Amazon, colocando-a frente a frente com o Starlink, além de operadoras globais de telecomunicações como AT&T e T-Mobile. A empresa tem promovido o serviço como uma solução para áreas rurais, onde a conectividade é escassa ou inexistente.

A missão de lançar os primeiros satélites operacionais sofreu um atraso de mais de um ano — a Amazon esperava iniciar o lançamento do primeiro lote no início de 2024. A empresa enfrenta um prazo estabelecido pela Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA para lançar metade do total de satélites até meados de 2026. No entanto, o início mais lento faz com que analistas prevejam que a Amazon deverá solicitar uma prorrogação.


Horas — ou possivelmente dias — após o lançamento, espera-se que a Amazon confirme publicamente o contato inicial com todos os satélites, a partir de seu centro de operações em Redmond, Washington. Se tudo correr conforme o planejado, a empresa afirma que pretende “começar a oferecer o serviço aos clientes ainda este ano”.

Em um documento enviado à FCC em 2020, a Amazon afirmou que poderia iniciar o serviço em algumas regiões do norte e do sul com 578 satélites, expandindo a cobertura em direção ao à Linha do Equador à medida que mais satélites forem lançados.

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