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Ataque hacker que desviou R$ 813 milhões saiu de hotel de luxo em Brasília

Operação Magna Fraus, deflagrada pela PF, já prendeu 12 pessoas no Brasil e 7 no exterior: seis na Espanha e um na Argentina. Foi apreendido R$ 1 milhão em criptoativos.

O ataque hacker que causou o maior prejuízo já registrado pelo sistema financeiro nacional – cerca de R$ 813 milhões foram desviados de bancos – foi lançado a partir de um quarto de um dos hotéis mais caros de Brasília, o Royal Tulip, que fica a menos de 1 quilometro do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, e que serve de residência para vários ministros do governo.

O ataque hacker aconteceu no dia 30 de junho e resultou no desvio de R$ 813 milhões de bancos. Nos dias seguintes à ação, uma parte dos criminosos fugiu do Brasil. Alguns partiram para a Europa. Um outro grupo fretou um avião com destino à Argentina.

Os responsáveis pelo ciberataque foram os alvos da segunda fase da operação Magna Fraus, desencadeada nesta quinta-feira (30) pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de São Paulo. Agentes foram às ruas para cumprir 26 mandados de prisão e outros 42 mandados de busca e apreensão, em seis estados e no Distrito Federal.

Até a última atualização da Polícia Federal, 12 pessoas haviam sido presas no Brasil e outras sete no exterior, com a ajuda da Interpol: seis na Espanha e uma na Argentina. Os agentes também apreenderam veículos, joias, relógios, itens de luxo, armas, munições, além de cerca de R$ 1 milhão em criptoativos.

O ataque hacker foi possível a partir do sistema da empresa C&M, que prestava serviço de interligação de bancos menores à rede do Banco Central. Um funcionário da C&M vendeu senhas de acesso aos criminosos.


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