InovaçãoInternetMercado

Banco do Brasil elege IBM para governança de IA e leva alto escalão para a sala de aula

Os agentes IA ganham papel estratégico e instituição assume que uma IA boa exige cultura, estrutura e governança.

Cobertura especial . Febraban Tech 2025

O Banco do Brasil implementou governança em todas as etapas de sua Inteligência Artificial, com um olhar cada vez mais atento para temas como ética, transparência e privacidade de dados. A IBM será a responsável pelo desenvolvimento, monitoramento e gestão dos modelos de IA.

A nova estrutura de governança do banco, que incorpora regras, fases e controles claros para o desenvolvimento de IA, foi desenvolvida a partir do IBM watsonx.governance, um toolkit para gerir riscos, oferecer transparência, monitorar e gerenciar os modelos de IA e IA Generativa onde quer que estejam. A nova tecnologia também integra outros componentes da plataforma watsonx e o IBM Cloud Pak for Data, viabilizando uma governança escalável e adaptável.

Com IA estratégica, os agentes IA ganham relevância nos planos futuros do Banco do Brasil, assumem os executivos Rafael Rovani, head de inteligência artificial, e Giuliane Paulista, executiva de governança de IA do Banco do Brasil. Eles participaram do CD Cast, do Convergência Digital, na Febraban Tech, com a presença também de Sérgio Fortuna, VP de vendas da IBM Brasil.

Os dados são dos clientes e o banco faz uso deles e para escalar o uso da IA como o BB está fazendo foi preciso definir diretrizes claras, observa Rovani. Ele é incisivo: “a IA não substitui o humano, mas ela libera o potencial das pessoas ao automatizar tarefas. Mas só podemos ter uma boa IA se houver cultura, estrutura e governança”.

Mas apostar alto em IA traz desafios e riscos e para o uso da tecnologia atenda o objetivo de negócio e possa vir a resolver uma dor do cliente, a governança é essencial, uma vez que são mais de 80 milhões de clientes, além de milhares de funcionários. “O trabalho tem de ser de curadoria. Não há como usar IA sem monitoramento constante”, reforça Giuliane Paulista.


O VP da IBM, Sérgio Fortuna, observa que o momento é especial para se investir em governança de IA, por conta do avanço da IA generativa. “Os modelos analíticos exigem processos criteriosos de avaliação de riscos para que a tomada de decisão do negócio aconteça com o uso da IA”, adicionou.

Fortuna cita que a IA exige flexibilidade, no que está se chamando de governança by design. “Todo esse processo tem de ser natural”, salienta. Para o VP, o case do BB ajuda a dar visibilidade à governança, uma vez que uma instituição com milhões de clientes e milhares de funcionários estabeleceu uma governança confiável e capaz de permitir uma jornada ao negócio.

À CDTV, em primeira mão, Rafael Rovani, head de inteligência artificial, antecipou que, a partir da próxima semana, O BB vai capacitar a alta liderança em IA, com uma modelagem específica, desenhada para esses líderes. “Eles sabem o que é a IA, mas eles têm a missão, mais do que contratar, de liderar o BB para o uso da tecnologia. Eles precisam saber usar. Eles são os motivadores da equipe”, reforçou.

Até o momento, o BB já capacitou mais de 65 mil funcionários em alguma modalidade ligada à tomada de decisão por dados. “Não basta ter a melhor tecnologia, se o corpo funcional não sabe usar ou se acha a ferramenta concorrente”, assinala. Assista ao CD Cast, gravado na Febraban Tech, com Rafael Rovani, head de inteligência artificial, Giuliane Paulista, executiva de governança de IA do Banco do Brasil, e Sérgio Fortuna, VP de vendas da IBM Brasil.

Botão Voltar ao topo