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Banco do Brasil: Pix não canibalizou TEDs e DOCs e há um grande espaço no B2B

O Pix foi adotado pelo brasileiro pela praticidade, mas não pode ser acusado de canibalizar nenhum outro serviço bancário, pontuou o gerente executivo Diretoria Meios de Pagamentos do Banco do Brasil, Gustavo Milaré, ao participar nesta quinta-feira, 07/10, do e-Fórum Tecnologia Bancária: O Futuro dos Meios de Pagamento, realizado pela Network Eventos em parceria com o portal Convergência Digital.

Para o executivo, as TEDs e os DOCs seguirão com um mercado de usuários. Do ponto de vista de segurança, Milaré sustenta que a base tecnológica do Pix é equivalente aos demais serviços bancários. “O problema com o Pix foi fora do sistema bancário. É a engenharia social, é o correntista passando dado importante para quem não deveria. Não é em função do sistema de TI”, assinalou o executivo.

Para Boanerges Ramos Freire, da Boanerges & Cia Consultoria, os pagamentos estão deixando de ser um meio para ser um fim do sistema bancário como ferramenta de atração do correntista. “Esse movimento não é trivial para bancos, adquirentes e bandeiras. Pensar no correntista como core. É uma guinada que está acontecendo. O cliente passou a ter, de fato, o poder de escolha”, observa.

A Head de vendas para fintechs da Pipefy, Karen Szuster, lembrou uma recente pesquisa da Accenture que mostra que, ao fim desse ano, 75% das aplicações do mercado financeiro serão no modelo low code, no code, ou seja, aplicações feitas em tempo curto, com prazo determinado e com poucos testes.

Uma analogia possível de fazer é que o low code, no code é semelhante ao da construção de uma casa. Há o projeto feito tijolo por tijolo, que consume tempo e energia até ficar pronto. Já o low code é como se o usuário já comprasse uma casa pré-fabricada e pronta para ser usada.


“É bem complexo ter que pensar em inovação e ao mesmo dia resolver os problemas do dia. Equilibrar os pratinhos para que nenhum caia é uma tarefa que consome muito”, diz Karen Szuster. Ao voltar a pesquisa da Accenture, a executiva da Pipefy diz que quase 1/3 das instituições financeiras ouvidas admitem que o resultado dos projetos em andamento estão abaixo do desejado e que há muitos processos soltos, manuais e sem rastreabilidade.

“Isso provoca um retrabalho sem igual e muitas iniciativas ficam paradas no backlog. Isso é prejuízo”, reforçou a executiva. O Gartner, por sua vez, lembra que, até 2024, 80% dos produtos de tecnologia serão feitos por profissionais que não são totalmente técnicos e 65% deles serão executados em plataformas low-code.

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