Banco Votorantim transcreve 60 mil ligações para melhorar análise de informações
Como parte da jornada para a transformação digital, o Banco Votorantim levou a cabo a transcrição de todos os áudios que passam pelo banco. O projeto, intitulado “Speech to text”, começou em 2017 com a transcrição de 6 mil ligações. Neste ano, o banco chegou a 60 mil ligações, e a meta é transcrever 120 mil até o fim do ano. Com isto, o banco consegue analisar e monitorar as informações contidas em todas as ligações de call center.
O principal objetivo foi melhorar o atendimento ao cliente, explicou André Mattos, líder de Engenharia de Dados do Banco Votorantim, durante apresentação do caso no CIAB, congresso de tecnologia da informação para instituições financeiras que ocorre de 11 a 13 de junho, em São Paulo.
“Começamos pequeno; fomos vendo se aquilo fazia sentido, fomos validando e, rapidamente, conseguimos escalar de 6 mil para 60 mil ligações e aumentamos o provisionamento”, disse. Toda capacidade de processamento é na nuvem e, quando acaba a transcrição, a máquina é desligada. “Temos governança para armazenar os dados e estamos em compliance com a LGPD”, assegurou.
Mattos explicou que o Banco Votorantim também tinha a necessidade de lidar com ambientes diversos de dados que fossem configuráveis. “Existem tipos diversos de dados; e os dados estruturados representam apenas 20% dos dados que trafegam nas organizações. O restante, 80%, é voz, documentos diversos espalhados dentro da corporação. Como tratar os dados de forma mais efetiva? Vou ter de ter datacenter para guardar tudo?”, questionou.
O executivo do Votorantim ressaltou que a transformação digital passa por ter um ambiente de dados configurável. “Meu princípio é cloud first, mas não é todo workload que faz sentido estar em cloud. Tem de ter ambiente configurável”, disse. A decisão sobre o que vai e não vai para armazenamento em nuvem leva em consideração os custos envolvidos, o time-to-market e os requisitos de segurança da informação e segurança de dados.