As tecnologias digitais são um dos pilares da sociedade moderna, mas para isso é preciso capacitar as pessoas e inserir as pequenas e médias empresas nesta jornada de transformação digital. Desde 2020, quando lançou o Programa Brasil Digital e Inclusivo, a Cisco já implementou 42 iniciativas focadas na digitalização em setores críticos, tais como governo digital, saúde, educação, capacitação, entre outros, afirmou à CDTV, do Convergência Digital, Rodrigo Uchoa, diretor para inovação e digitalização da Cisco e líder do programa.
Uchoa explicou que o Programa Cisco Brasil Digital e Inclusivo estimula a discussão e acelera a digitalização, tendo as tecnologias digitais como um dos pilares da sociedade moderna. Nesses quatro anos, o programa vem trabalhando com parceiros, clientes e com o governo na capacitação, na aceleração da digitalização e na adoção das tecnologias emergentes pelas empresas, incluindo, as pequenas e as médias.
“No programa Brasil Digital e Inclusivo, em parceria com a Cisco Networking Academy, focamos muito na formação e capacitação das pessoas para o setor de segurança cibernética, porque é impossível pensar em digitalização sem abordarmos os temas críticos de segurança cibernética, privacidade e resilência digital para as pessoas e para as empresas”, enfatizou.
A principal iniciativa de capacitação em segurança digital é o Programa CiberEducação, que já formou mais de 14 mil pessoas. “Percebemos que existe no Brasil uma grande procura pela formação e capacitação em tecnologias digitais; vemos um interesse muito grande e número de pessoas que querem se dedicar à cibersegurança. Então, não temos problema de demanda, o que precisamos é continuar oferecendo essas formações e capacitações para todos.”, afirmou.
O executivo avalia que a disponibilidade de programas de capacitação explodiu. Mas por que o déficit de mão de obra segue como um gargalo? Para Uchoa, não fecharemos essa lacuna, porque cada vez mais surgem novas tecnologias, como a IA Generativa, novos casos de uso e transformações no mercado e nos negócios. “É um processo contínuo e sempre estaremos correndo atrás de preencher esta demanda por bons profissionais, capacitados e com experiência na transformação de tecnologias em resultados.”, ponderou. A transformação da empresa gera demanda por transformação do profissional e busca contínua e incessante por conhecimentos. É um dinamismo que não para, só acelera.
O executivo também avaliou a situação das pequenas e médias empresas na jornada da transformação digital. “As grandes corporações já estão em processo acelerado e contínuo de transformação. A grande área de desenvolvimento vai ser as micro, pequenas e médias empresas — e 99% das empresas no Brasil são MPMEs — e elas estão em estágio ainda muito inicial”, disse, completando que menos de 10% das empresas são realmente digitais e o “salto é a transformação do negócio através do digital”. Acelerar a digitalização da média e pequena empresa é o desafio atual para que elas tenham impacto no negócio a partir do uso de novas tecnologias, como a inteligência artificial. Confira a entrevista na íntegra: