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Brasil terá um computador por habitante em 2020

No Brasil, há 166 milhões de computadores (desktop, notebook e tablet) em uso, o que corresponde a quatro computadores para cada cinco habitantes (80% per capita). O país também continua apresentando uma média bem acima da mundial na relação habitante/computador. No ambiente corporativo, para cada 1% a mais referente a gasto e investimento em TI, verifica-se, após dois anos, um incremento de 7% no lucro. Os dados fazem parte da “28ª Pesquisa Anual do Uso de TI” (www.fgv.br/cia/pesquisa) , realizada pelo GVcia – Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV-EAESP.

Divulgada na primeira quinzena de maio de 2017, sob a coordenação do Fernando S. Meirelles, Professor Titular de TI da FGV –EAESP e fundador do GVcia, a pesquisa aponta que, entre 2020 e 2022, serão 210 milhões de computadores no Brasil, na prática, isso vai representar um computador por habitante. O estudo mostra que, no Brasil, a média per capita de computadores é de 80%, enquanto nos EUA é de 151%, mas no mundo, cai para 66%.

No que se referente aos investimentos em TI, as empresas ligadas ao setor de serviços são as que mais investem, destinando 11% do faturamento líquido para esse fim. Em seguida vêm as inseridas na Indústria, com 4,5%, e as do comércio, com 3,5%.

Na edição que reflete os primeiros meses de 2017, foram coletados dados de 2.450 empresas nacionais, entre médias e grandes. O estudo anual é uma produção acadêmica GVcia – Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV-EAESP há 28 anos.

De acordo com Fernando Meirelles, no cenário das micros e pequenas empresas, pode-se apontar uma tendência de uso do PC (desktops e notebooks) por mais uma década. “Estamos falando de tendência, sem que haja uma ruptura de hardware e software. Fazer previsões nesse mercado é sempre mais difícil, mas há uma tendência de que as empresas de pequeno porte privilegiem o uso de PCs porque, na maioria dos casos, não usam sistemas que requerem equipamentos específicos”, diz o fundador da GVcia.


Meirelles ressalta que é muito comum o uso de notebooks em empresas de menor porte, pois garante a mobilidade aos colaboradores, que muitas vezes trabalham em home office. Essa prática aumenta a produtividade dos colaboradores, que, em muitos casos, preferem usar os equipamentos que possam transportar entre diversos ambientes.

“Depende muito do segmento em que a empresa atua. Por exemplo, se precisar de uma equipe de vendedores, muitos deles vão preferir o notebook, pela mobilidade e por poder trabalhar remotamente”, comenta.

De acordo com o professor, as variações podem ocorrer em função dos modelos. Ele diz que alguns colaboradores vão optar por modelos mais leves outros por equipamentos com mais recursos. “Mas o notebook continua sendo muito utilizado, sobretudo, porque sua vida útil vem aumentando na última década. O importante é fazer as atualizações de software necessárias para evitar riscos, como aconteceu recentemente no episódio do Wannacry”, completa Meirelles.

Para Meirelles, a saída de cena do PC do ambiente corporativo é um fenômeno que não deve acontecer na próxima década. “Em comparação com um smartphone de ponta, a compra de um notebook novo ainda é muito vantajosa para as empresas de pequeno porte”, completa.

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