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Cartão ELO elege a TI como protagonista no combate às fraudes e expansão de negócios

Criada em 2011, a companhia 100% brasileira Elo tem seu negócio baseado na tecnologia da informação. A área foi e tem sido fundamental para suportar o crescimento da bandeira de cartão, que nasceu da união dos bancos Bradesco, Caixa e Banco do Brasil e já está presente nos mercados internacionais. Em palestra no FICO Forum São Paulo, realizado na quarta-feira 13/03, Eduardo Chedid, presidente da Elo, observa que a empresa entrou em operação em um mercado marcado pelo duopólio – Visa e Master dominando 95% – e com apenas 5% do mercado na mão de outras bandeiras.

“Depois de sete anos, conseguimos 14% de market share”, enfatizou o executivo em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital. “Somos fundamentalmente uma empresa de tecnologia e com tudo em tempo real. Todos os sistemas que operamos são desenvolvidos e operados aqui no Brasil”, completou. A Elo começou operando com um sistema core mais simples, mas, em julho de 2017, quando a companhia tinha aproximadamente 1,8 bilhão de transações, migrou para um mais robusto e desenvolvido localmente pela empresa. A empresa também tem a plataforma APIs aberta para desenvolvedores. 

“Tivemos de desenvolver do zero e isto possibilitou colocar os adquirentes para trabalhar com a Elo”, disse. A companhia também tem aumentado o número de emissores de cartões, contando, atualmente, com Banco Original, Alelo, CBSS, Pernambucanas. “Isto tem sido um novo motor de crescimento para gente. Temos como meta que 20% do nosso volume ao fim de 2020 deve vir de novos emissores.” Em 2018, a Elo anunciou que assumiu a bandeira Diners, que era emitida pelo Citi que foi comprado pelo Itaú.

Em 2018, a Elo chegou a 125 milhões de cartões emitidos, responsáveis por um volume de vendas de R$ 160 milhões e foram 2,5 bilhões de transações feitas pelos cartões da bandeira. Até 2015, 2 milhões de estabelecimentos aceitavam Elo, um contingente que saltou para 7,5 milhões no ano passado.Inserida em um ambiente propício a fraudes, Eduardo Chedid esclareceu que o número total absoluto de fraude é grande, mas, quando é contextualizado, ele representa pouco frente ao total transacionado. Segundo ele, em 2018 foram USD 800 milhões em fraudes no Brasil, 94% no crédito e 6% no débito, mas isto equivale a 0,2% do total.


Na Elo, 57% das fraudes ocorrem no que o setor chama de CNP, ou seja, uso de cartão não presente, um número, disse Chedid, inferior à média brasileira, que, segundo ele, está na casa dos 80%. “Temos investido muito em tecnologia, em inteligência artificial, em machine learning behavior modeling para que consigamos detectar as fraudes com mais precisão e também habilitar as transações não fraudulentas, porque, se você não tem muita tecnologia, você acaba negando transações que não deveria”, disse.

Entre as prioridades para 2019 estão plataforma de detecção de fraude, autenticação débito e crédito, aprovisionamento em carteiras digitais com o desenvolvimento de uma plataforma que permite estabelecer regras de uso no digital, como, por exemplo, comparando a língua do aparelho com a do país emissor do cartão. O CEO também enfatizou os benefícios de a empresa prestar consultoria personalizada em prevenção a fraude para os emissores.

Dentro da Elo, a solução antifraude, desenvolvida junto com a FICO, foi batizada de Áquila e atualmente está hospedada em nuvem. “Foi uma decisão que demoramos para tomar, mas acabamos optando por fazer a solução na nuvem. Estamos feliz com a decisão que tomamos; não era uma decisão fácil, afinal, estamos falando de 2,5bilhões de transações no ano passado escoradas na nuvem”, disse. Assistam a entrevista com o presidente da Elo, Eduardo Chedid.

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