
O Brasil foi o destino de 1,7 milhão de TV boxes irregulares da China em 2023, informou a Alianza, associação de empresas contra pirataria audiovisual na América Latina, com base em seu levantamento mais recente. Os dados foram revelados ao portal G1.
Os aparelhos costumam sair de fábrica com serviços de streaming pirata como o My Family Cinema e o TV Express, que estão entre os 14 que foram derrubados nos últimos dias após uma investigação na Argentina. Ainda segundo a associação, a maioria dos dispositivos chega ao país por navio, sendo cerca de 50% para o Porto de Santos (SP) e 21% para o Porto de Paranaguá (PR).
Os dados são obtidos após uma análise dos registros de importações com foco em dados como o preço e o peso de cargas, explicou o presidente do conselho da Alianza, Jorge Alberto Bacaloni.
“É um trabalho bastante difícil, que exige a dedicação de pessoas para analisar as remessas. A Alianza faz isso de tempos em tempos para entender por onde os aparelhos entram”, afirmou.
O Paraguai também é destino comum das TV boxes irregulares fabricadas na China. A Alianza registrou a chegada de 450 mil aparelhos ao país em 2023, mas já tinha notado um pico de 2,1 milhões de dispositivos em 2019.
“A queda em 2023 pode se dever ao fato de que as informações estejam sendo mais ocultadas. Não necessariamente menos equipamentos estão sendo importados”, afirmou Bacaloni. Modelos de TV boxes como Duosat e BTV, vendidos no Brasil sem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), são alguns dos que tinham os serviços piratas.





