China reage a bloqueio dos EUA e restringe exportações de metais pra chips
A China anunciou restrições à exportação de dois elementos críticos para a produção de semicondutores, em retaliação às sanções ocidentais à sua indústria de chips.
As restrições, que entram em vigor em 1º de agosto, serão aplicadas aos metais gálio e germânio e vários de seus compostos, que são materiais essenciais para a fabricação de semicondutores e outros eletrônicos.
O Ministério do Comércio do país disse em comunicado que os controles de exportação de itens relacionados ao gálio e germânio eram necessários “para salvaguardar a segurança e os interesses nacionais”.
Os exportadores da China precisarão solicitar permissão ao ministério, com informações sobre os usuários finais e como os materiais serão usados.
A China é o maior produtor mundial dos dois elementos, com mais de 95% da produção global de gálio e 67% da produção de germânio.
A aprovação do Conselho de Estado, o gabinete da China, será necessária “para a exportação dos itens listados neste anúncio que têm um impacto significativo na segurança nacional”, acrescentou o comunicado do ministério.
A decisão vem na esteira de uma sequência de restrições à exportações de componentes tecnolígicos impostas pelos Estados Unidos e aliados à China. A mais recente foi anunciada pela Holanda na sexta, 30/6.
As empresas holandesas, incluindo a ASML – uma das mais importantes produtoras mundiais de máquinas de semicondutores – precisarão solicitar uma licença para exportar certos equipamentos avançados de fabricação de semicondutores para o exterior.
O governo da China disse que foi “um abuso das medidas de controle de exportação e interrompeu seriamente o livre comércio e as regras do comércio internacional”.
Outras restrições de exportação foram anunciadas pelo Japão em 23 tipos de equipamentos e materiais relacionados a chips e também entrarão em vigor no final deste mês.