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Cisco: Cibersegurança nos trouxe até aqui, agora é IA embarcada

“Estamos provavelmente vivendo agora o momento mais disruptivo da Cisco mundialmente”, disse Ricardo Mucci, presidente da Cisco Brasil, ao responder a pergunta da Convergência Digital, na coletiva de imprensa do Cisco Engage nesta quinta, 18/4. Com um público de 3 mil pessoas no Expo Transamérica, em São Paulo, o evento marcou os 30 anos da companhia no Brasil. 

Para Mucci, o roteador foi a grande mudança e o grande salto foi o backbone IP. “Estávamos na democratização da internet e, se olharmos os maiores ISP do Brasil, eles estavam usando Cisco no backbone e isso para mim é um grande passo. Outro foi ser a maior empresa de colaboração mundialmente com Webex”, destacou, enfatizando o papel de soluções de videoconferências no período da pandemia. “A Justiça não parou; provemos mais de 20 mil contas [para Justiça] e suportamos nossos clientes a entregarem seus serviços e a manterem seus negócios”, acrescentou. 

Já Laércio Albuquerque, presidente Cisco América Latina, refletiu que o marco nesses 30 anos foi a cibersegurança. “O que tem alavancado as vendas e o que fez chegarmos aqui foi a cibersegurança embutida nas soluções. Os clientes querem soluções eficientes e seguras e a Cisco tem embutida a camada de segurança”, assinalou. 

Sem abrir números, Albuquerque assinalou que as recentes demissões não chegaram a afetar a região e “os resultados e o cenário Latam estão excelentes”. O ano fiscal fecha em julho. Globalmente, a Cisco aumentou — e muito — as vendas na pandemia e a compra da empresa de software Splunk adicionou receita recorrente. “Hoje, a receita recorrente é a maior da história da Cisco”, assinalou o presidente da América Latina. 

IA ditando o futuro 


Falando sobre o presente futuro, Mucci apontou que tecnologias com IA embarcada ditam o caminho. Um pouco antes da coletiva, falando na abertura do evento, o presidente para Cisco Brasil destacou o lançamento, em 2019, de infraestrutura de IA com Silicon One; e, em 2021, o avanço de IA de fala e aprendizado profundo e lançamento de remoção de ruído implementados na plataforma Webex. “Em 2023, começamos a desenvolver novos modelos de gestão, governança e aplicação em cima de IA; lançamos assistentes GenAI”, enumerou. 

Durante o evento, os executivos anunciaram o lançamento global do Cisco Hypershield, “uma abordagem totalmente nova para proteger data centers e nuvens, em resposta às crescentes demandas que a revolução da IA impôs à infraestrutura de TI”.  

A Cisco fez investimentos em empresas focadas em inteligência artificial e a parceria com a Nvidia leva a uma maior capacidade de processamento, essencial para lidar com IA. “É levar a infraestrutura de inteligência artificial para a casa de vocês no modelo on premises ou na nuvem. Hoje, já discutimos inteligência artificial e a capacidade de processamento na ponta, edge”, disse Mucci. Cisco colou IA embarcada em redes, segurança, colaboração, observabilidade e para melhorar experiência do usuário, acrescentou o presidente da companhia para o Brasil. “97% das empresas dizem que a urgência de implementar tecnologia em IA aumentou mas apenas 14% das organizações em todos o mundo estão totalmente prontas para integração”, apontou Mucci

Para ele, a grande questão de IA é a complexidade e a forma de reduzir riscos em IA é analisar tudo e fazer análise profunda do que está sendo utilizado, o que é permitido e não. “Para IA em escala é necessário arquiteturas resilientes, segurança focada em IA, observabilidade, operações inteligentes e automação”, enumerou. 

Nessa mesma linha, Rodney Clark, vice-presidente sênior de parcerias e de pequenas e médias empresas da Cisco, ressaltou que o Brasil está preparado para um futuro incrível, contando com economia forte, centro de inovação e um ecossistema rico. “O Brasil está realmente preparado para IA; vocês estão duas vezes melhores”, ressaltou.

A adoção corporativa de inteligência artificial não é, para Clark, uma questão de onde, mas de como. “Todas as empresas correm contra o tempo e precisam focar em inteligência artificial nos próximos anos ou ficarão de fora”, resumiu, apontando que a IA está avançando para uma nova fase onde começa um progresso real e as expectativas mudam de resolver todos os problemas para onde a IA agrega valor. 

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