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Com datacenter ativo, Elea Digital monta operação de guerra no Rio Grande do Sul

Uma operação de guerra. Assim define o trabalho que está sendo feito na Elea Digital, datacenter que está ativo em Porto Alegre, por conta de ficar em um bairro mais alto, Bela Vista. São 200 profissionais trabalhando dia e noite para receber os dados e servidores de grandes empresas do estado, que ficaram sem serviços em outros datacenters atingidos pela chuva ou desligaram seus próprios datacenters por conta dos alagamentos.

“Nós recebemos os dados de um grande hospital às duas da manhã de ontem (dia 07). Eles precisavam ter acesso aos prontuários eletrônicos dos pacientes. Uma distribuidora de energia transferiu também seus dados para nós. E órgãos públicos também estão vindo. Nenhum era cliente, mas estão aqui para funcionar. E essa é a nossa tarefa: fazer funcionar”, conta ao Convergência Digital, o presidente da Elea Digital, Alessandro Lombardi.

Uma das ações para fazer acontecer foi receber equipamentos vindos de Curitiba. “Foram dois dias para receber em uma viagem que levaria bem menos. Mas temos fibras, conectores de rede e tomadas elétricas chegando em Porto Alegre”, diz Lombardi. A Elea Digital não ficou imune ao prejuízo da chuva. Um dos datacenters da Elea – o POA2- foi atingido e teve de ser desligado. O executivo, porém, não quis falar de prejuízos.

“Quando vimos que a situação ia piorar, desligamos e saímos. Ainda não tem como saber o impacto financeiro. Nós tivemos a preocupação de vir para o datacenter na Bela Vista e deixar tudo operacional. O que vai acontecer, a gente vai ter de ver depois”, relata. 

A certeza da Elea Digital é que o plano de recuperação de desastre funcionou. “Mas temos de dizer: nós tínhamos um estudo que previa uma chuva dessa proporção apenas em 500 anos em Porto Alegre. Mas não foi. Ter o plano de recuperação de desastre – com gestão de crise ativa – foi crucial, além é claro de ter redundância”, detalha o presidente da Elea Digital.


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