Mercado

Competitividade: o mantra do Brasil no jogo da economia digital

O Brasil tem vocação para a tecnologia, mas ainda não fez o dever de casa, afirmou o presidente-executivo da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo, em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, após a realizado do Brasscom TecFórum 2021. A entidade definiu três objetivos estratégico para o ano, definidos como pouco diferentes dos anos passados, mas absolutamente críticos para a era digital.

“O Brasil precisa trabalhar a sua competitividade para ter o desenvolvimento exigido pela sociedade. Sem competitividade, o Brasil perde o jogo da transformação digital”, observou Gallindo. Nessa área, a reforma tributária ganha prioridade. Para a Brasscom, é preciso modernizar e simplificar o sistema tributário, retirando o excesso de ‘casos particulares’ para viabilizar a desoneração do emprego. “Digo que não é um pleito setorial de TIC. A desoneração do emprego será boa para toda a economia”, adiciona Gallindo.

O segundo ponto passa pela formação de talento. Gallindo diz que é imprescindível investir e qualificar os profissionais no Brasil. Ele lembra que TIC vive uma crise pelo excesso de empregos não concretizados. “É uma realidade bem dura. Há vagas, mas faltam pessoas qualificadas o suficiente. Chegou a hora de fazermos o dever de casa. O Brasil tem vocação para tecnologia. Mas se não agir vamos ter de contratar mão de obra fora do país”, reforçou o executivo da Brasscom.

Em igualdade de prioridade desponta o terceiro ponto: o uso intensivo de dados para todas as aplicações. Gallindo lembra que a pandemia de Covid-19 fez a era digital chegar para valer e só haverá vida e cidadania digital se houver cuidado com esses dados com a Lei de Proteção de Dados e a segurança da informação. Com relação à LGPD, Gallindo lembra que ela foi a legislação possível e é um patrimônio brasileiro por ter sido elaborada a partir da participação de diferentes e distintos setores. “Mas ela precisa funcionar, tem muita coisa por fazer, muita coisa por regularizar. Precisamos de ter as boas práticas, mas estamos fazendo”, observa.

Respondendo por 6,8% do Produto Interno Bruto do Brasil, TICs ainda trabalha para convencer as autoridades e os legisladores da sua relevância para o desenvolvimento do Brasil. “Mas avançamos muito. Exige um melhor entendimento. A desoneração da Internet das Coisas foi um grande ganho; a nova regra do FUST também e o leilão 5G priorizar investimento e não a arrecadação para os cofres públicos também. Amadurecemos. A verdade é que a sociedade brasileira hoje não se olha pelo espelho, mas se olha pela videoconferência.”. Assistam a entrevista exclusiva com o presidente-executivo da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo.


Botão Voltar ao topo