Compra da Xerox pela Fujifilm põe ponto final numa era da impressão
Foram anos de crise profunda, de venda de negócios paralelos e de dívidas pesadas, mas, agora, a Xerox foi comprada pela FujiFilm Holdings por um valor de US$ 6,1 bilhões, e a companhia passa a se chamar Fuji Xerox. É o fecho de uma era de ouro de uma companhia de TI, que já foi sinônimo de fotocópia, mas não evoluiu e perdeu espaço para as rivais.
A consolidação dos negócios deve resultar na demissão de 10 mil funcionários e fechar mais fábricas no mundo, reportam agências internacionais.
A operação brasileira – comandada por Ricardo Karbage desde 2012, apesar de ainda ser vista como a maior da América Latina, perdeu muito espaço. No ano passado, a fábrica em Ilhéus, na Bahia, foi fechada. A fábrica de Resende, no Rio de Janeiro, já tinha sido desativada no começo da crise.
Numa análise de mercado fica tácito que a Xerox não se preparou para a virada do mercado de impressão e terminou ‘engolida’ pelos rivais HP, Epson e pelas próprias gigantes asiáticas, entre elas, a própria Fuji e a Samsung. Até o momento, a Xerox do Brasil não reportou como fica a operação no país após a aquisição.
Na prática, a Fujifilm, agora, possui 75% da Fuji Xerox. As duas empresas disseram que a Fuji Xerox comprará essa participação da Fujifilm por cerca de US$ 6,1 bilhões, usando dívidas bancárias. A Fujifilm utilizará esses recursos para comprar 50,1% das novas ações da Xerox.
Segundo as companhias, a consolidação das áreas de P&D, compras e outras operações permitirão que a Fuji Xerox economize cerca de US$ 1,7 bilhão até 2022. Além disso, a combinação dos negócios reforçará o posicionamento da companhia em impressão e soluções inteligentes, com receita anual de US$ 18 bilhões.