InovaçãoMercado

Computação quântica, agentes IA e identidade digital entram de vez na agenda do setor financeiro

Estudo da Febraban, Accenture e Amazon avaliou 135 tecnologias emergentes. Computação quântica é a menos palpável, mas é a mais intensa na agenda

Cobertura especial . Febraban Tech 2025

O estudo de 2025 sobre as tecnologias emergentes para o setor bancário, realizado pela Febraban, bancos associados, Accenture e Amazon, escolheu quatro tendências que devem impulsionar e impactar o mercado financeiro. Em painel realizado no Febraban Tech 2025, Douglas Silva, da Accenture, apontou os destaques. Ele estava acompanhado por Marcio Rodrigues, da Sicoob; Rodrigo Dantas, do Itaú Unibanco; e Carolina Sansão, da Febraban. 

A inteligência artificial aplicada ao desenvolvimento de software e plataformas de engenharia; agentes de IA; computação quântica e identidade digital foram as tecnologias selecionadas para ganhar aprofundamento no estudo deste ano, que deve ser publicado em agosto.

“Computação quântica é mais futurista, mas não tão futurista. Há incerteza de quando vai escalar, mas todos reconhecem a importância do tema e sabem da preocupação com a computação quântica quanto à criptografia”, explicou Silva. Sobre agentes de IA, o executivo apontou que, nos últimos anos, houve aumento de agentes e eles têm conseguido interagir muito para a criação de ação e para automação. 

Já a identidade está ligada aos agentes, na medida em que os times não são mais apenas de pessoas, mas, agora, formados por pessoas e agentes, que também precisam de identidade digital. 

O estudo avalia 135 tecnologias emergentes, 291 casos de uso e conta com 40 instituições participantes. De todas as tecnologias, as quatro citadas anteriormente estão sendo analisadas em profundidade.  “Das quatro, a computação quântica é a menos palpável, mas é a que está muito intensa na nossa agenda”, disse Marcio Rodrigues, da Sicoob. 


Silva aposta na convergência dos temas e na combinação das tecnologias: “A identidade digital é usada para o agente, que é utilizado no desenvolvimento de software. Da combinação dos temas, aposto que vão sair os grandes casos de usos para o mercado”, destacou o executivo da Accenture.

Para Rodrigo Dantas, do Itaú Unibanco, a preocupação no momento deve ser a questão da educação. “Vimos uma série de empresas com capacidade, tempo e investimentos. Muitos dos cases que vimos têm profissionais que investiram tempo e dinheiro na educação. Este é um desafio para o País como um todo. Temos de entender como trabalhar cada vez mais com IA, porque nossa interação será cada vez menos com pessoas e mais com agentes”, pontuou. 

Botão Voltar ao topo