Dataprev vai distribuir processo eletrônico nacional como serviço
O SEI, considerado o coração dos processos do governo, está atualmente presente em 126 órgãos, têm 650 pedidos de adesão na fila. “Queremos as Prods para chegar aos municípios", antecipa o secretário de Gestão e Inovação, Roberto Pojo.
Retomadas as relações amigáveis entre o governo federal e a Justiça Federal da 4ª Região (Sul), está enterrada a ideia do Super, a semi alternativa ao SEI. Pelo contrário, o Sistema Eletrônico de Informações será ampliado em novos termos, agora com distribuição e desenvolvimento compartilhados entre o Ministério da Gestão e o TRF 4.
“O objetivo é a nacionalização do processo eletrônico e o SEI é o coração desse processo. Agora o ministério também vai poder fazer esforços de desenvolvimento e, principalmente, vai ser responsável pela distribuição direta, inclusive arcando com o custo de suporte de implantação. Vamos acelerar o processo. Hoje a gente conta com 126 órgãos e entidades. A meta é chegar a 205. E tem 650 na fila”, diz o secretário de Gestão e Inovação do Ministério de Gestão, Roberto Pojo.
Por um lado, o governo federal vai usar a Dataprev para fazer a distribuição do SEI como serviço. E vai atuar junto com as empresas estaduais de tecnologia da informação para ampliar o uso do SEI nos estados e a partir daí alcançar os municípios.
“Hoje o Sei é instalado órgão a órgão, entidade a entidade, replicando esforços e infra. Vamos levar isso para a Dataprev, de forma que o SEI seja fornecido como serviço a qualquer órgão da administração federal”, explica Pojo, que apresentou os planos durante o IV Workshop ABEP TIC, que reúne as empresas estaduais de TI e processamento de dados.
“Para alcançar municípios com baixa capacidade financeira, estamos trabalhando junto com os governos estaduais para formar uma infraestrutura que se pague. A perspectiva mais promissora é fechar essa conta, que começa no processo ser mais barato, com uma espécie de subsídio cruzado entre primos ricos e primos pobres em nível municipal”, afirma o secretário de Gestão e Inovação.
A meta é viabilizar que uma plataforma única reúna o atendimento ao cidadão em qualquer que seja o nível ou o Poder envolvido. “Nosso ‘nirvana’ é termos uma plataforma em que o cidadão possa dialogar com o município, com o estado ou com a federação. E quanto mais esse conjunto de servidores públicos estiver integrado e usando a mesma plataforma, facilita a jornada entre os entes e entre os Três Poderes.” Assista a entrevista.