E-mail perde vez para as OTTs no consumo da Internet no Brasil
O e-mail já teve a sua morte decretada por analistas. Na prática, ele não morreu, mas perdeu o posto de serviço mais usado na Internet brasileira. A PNAD Contínua TIC 2017, do IBGE, revelou que o percentual dos que entraram na rede para “enviar e receber e-mail“ foi o único a recuar, de 2016 (69,3%) para 2017 (66,1%).
Em contrapartida, “Enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail” foi indicado por 95,5% dos usuários como a finalidade de acesso à esta rede. Em 2016, esse percentual era de 94,2%. A finalidade “conversar por chamada de voz ou vídeo” foi a que apresentou o maior aumento de 2016 (73,3%) para 2017 (83,8%).
O percentual das pessoas que usaram a Internet para “assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes” passou de 76,4% para 81,8% nesse período. A parcela da população que utilizou a conexão discada já era insignificante em 2016 (0,9%) e tornou-se ainda menor em 2017 (0,6%). Já o percentual da banda larga fixa subiu de 81,0% (2016) para 82,9% (2017) e continuou acima da banda larga móvel, que cresceu de 76,9% para 78,3% nesse período.
O percentual que utilizou os dois tipos de banda larga subiu de forma mais acentuada, de 2016 (58,3%) para 2017 (61,4%). Os motivos mais apontados pelas 54,8 milhões de pessoas de 10 anos ou mais que não utilizaram a Internet nos três últimos meses foram: não saber usar a Internet (38,5%), não ter interesse em acessar (36,7%) e achar que serviço de acesso à Internet era caro (13,7%).
O percentual de pessoas sem interesse em acessar a Internet tinha diferença acentuada entre a área urbana (39,7%) e rural (29,3%). O serviço de acesso à Internet não estava disponível nos locais que costumavam frequentar foi o motivo indicado por 12,9% das pessoas que não utilizaram esta rede na área rural, enquanto na área urbana foi de 1,7%.
O percentual de domicílios que utilizavam a Internet subiu de 69,3% para 74,9%, de 2016 para 2017, representando uma alta de 5,6 pontos percentuais. Nesse período, a proporção de domicílios com telefone fixo caiu de 33,6% para 31,5%, enquanto a presença do celular aumentou, passando de 92,6% para 93,2% dos domicílios. Essas são algumas informações da PNAD Contínua TIC 2017, pesquisa domiciliar do IBGE que investiga o acesso à Internet e à televisão, além da posse de telefone celular para uso pessoal.
*Com informações do IBGE