Empresas brasileiras unem operações por mercado de supply chain
As empresas brasileiras Neogrid e Accera, ambas especializadas em soluções para a gestão da cadeia de suprimentos, anunciaram, nesta quinta-feira, 25 de outubro, um acordo de fusão. A transação prevê um plano de integração das operações, que deve acontecer nos próximos meses, com o objetivo de unir as expertises e as plataformas das duas companhias.
Alinhadas a movimentos de grandes empresas de tecnologia, que buscam integrar e unificar dados, com alto volume de informações em nuvem, Neogrid e Accera pretendem potencializar os negócios de seus clientes a partir do poder das informações. “Nossas plataformas, juntas, trarão mais insights e inteligência às empresas conectadas à malha. A cada nova parceria, nossa rede de dados se torna ainda maior, trazendo benefícios comuns e relações ganha-ganha para todo esse ecossistema de negócios”, explica o fundador e CEO da Neogrid, Miguel Abuhab.
“Com a parceria, apoiaremos indústrias, varejos e distribuidores a acompanharem esse momento de transformação digital, com análises avançadas e algoritmos de alta tecnologia. Vamos aumentar a competitividade de nossos clientes e parceiros, trazendo ainda mais eficiência às redes de negócio”, completa o cofundador e CEO da Accera, Cristhiano Faé. A Neogrid atua no mercado há 19 anos e tem escritórios em Joinville (SC), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Estados Unidos, Inglaterra e Japão, e usuários em mais de 140 países. Já a Accera possui 15 anos e atuação em mais de 20 países, 200 clientes e escritórios em São Leopoldo (RS), São Paulo (SP) e Colômbia.
De acordo com estudo do Ilos – Instituto de Logística e Supply Chain de 2016, o custo da logística no Brasil representa 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB), incluindo transporte, armazenagem estoque e serviços administrativos Esse percentual elevado impacta a competitividade do mercado brasileiro – para comparar, nos Estados Unidos, esse percentual é de 7,8% do PIB. No mesmo ano, o relatório de logística do Banco Mundial classificou o Brasil em 55º lugar entre 160 países avaliados. Além de ser um processo custoso, as dimensões continentais e a infraestrutura precária do país tornam difícil seu monitoramento.