Empresas europeias rejeitam abrir dados sensíveis às gigantes de nuvem dos EUA
Um grupo de 18 grandes empresas europeias, como Orange, Telecom Italia, Capgemini, Airbus, EDF e Deutsche Telekom, reclamam da proposta que elimina requisitos de soberania no bloco e abre caminho para que gigantes amerticanas, como Amazon, Google e Microsoft, possam participar de licitações para contratos de computação em nuvem da UE altamente sensíveis.
A proposta elimina os chamados requisitos de soberania de um projeto anterior que obrigava os gigantes da tecnologia dos EUA a criar uma joint venture ou cooperar com uma empresa sediada na UE para armazenar e processar dados de clientes no bloco, a fim de se qualificarem para o mais alto nível de segurança. O plano belga será discutido por especialistas em segurança cibernética dos 27 países da UE em 15 de abril.
Os países da UE deveriam rejeitar esta última proposta sem requisitos de soberania, afirmaram a Deutsche Telekom, a Orange, a Airbus e as outras 15 empresas numa carta conjunta às autoridades dos seus países e a altos funcionários da Comissão. Sem tais requisitos, os dados europeus poderiam ser acessador por governos estrangeiros com base nas suas leis, como a Lei da Nuvem dos EUA ou a Lei de Inteligência Nacional Chinesa, reclamam as empresa da UE.
“Remover tais requisitos prejudicaria seriamente a viabilidade das soluções soberanas em nuvem na Europa – muitas das quais estão em desenvolvimento ou já disponíveis no mercado”, dizem as empresas, na carta aos legisladores europeus. O modelo de certificação é voluntário, mas visa orientar as autoridades dos estados membros na tomada de decisões sobre fornecedores.
* Com informações da Reuters