Ericsson: Melhor rede é a que entrega a melhor experiência para o usuário
"A rede precisa entregar mais por menos e a inteligência é crucial”, afirma a CTO da Ericsson para o Cone Sul, Andrea Faustino.
A melhor rede é aquela que entrega a melhor experiência para o usuário, afirma a CTO da Ericsson para o Cone Sul, Andrea Faustino, em entrevista ao portal Convergência Digital. E ao mesmo tempo que tem de entregar capacidade e velocidade, precisa ser eficiente e, especialmente, inteligente.
“A rede precisa entregar mais por menos, o que significa ter o processamento mais perto da aplicação; é ter eficiência energética, é usar da menor forma possível a energia e assegurar a sustentabilidade. Temos que avançar na programabilidade, que se torna cada vez mais importante”, ressalta Andrea Faustino.
A programabilidade consiste em configurar a rede por meio de algoritmos e software externos, permitindo automatizar tarefas para reduzir o máximo possível a intervenção humana no seu funcionamento. Sobre o entregar mais por menos, Andrea Faustino diz que isso exige criar uma camada adicional de inteligência para balancear eficiência e performance.
Ao falar do legado, a CTO da Ericsson para o Cone Sul observa que cada vez mais os elementos de rede estão migrando para a nuvem. “Criar o ajuste entre cobertura e capacidade de software para viabilizar as aplicações dentro da rede é o melhor planejamento das redes 4G e 5G”, observa.
Nessa jornada se destaca o edge computing. Andrea Faustino diz que o Brasil avançou muito na construção da computação de borda com o intuito de deixar as aplicações o mais perto possível dos usuários para mitigar a latência e dar mais velocidade. Agora, soma-se a pressão da inteligência artificial.
“As operadoras criaram a função da capacidade e de conectividade. Essas etapas foram realizadas com o avanço das cidades cobertas com 4G e 5G. Agora, elas trabalham para distribuir essa capacidade para as pontas. Na verdade, com o amadurecimento do 5G, o edge computing amadurece também e a rede se prepara mais para atender a demanda da inteligência artificial”, reforça.
Andrea Faustino salienta que três pilares da tecnologia – mobilidade, cloud computing e inteligência artificial, até então, separados, estão cada vez mais interdependentes e a razão dessa união é Inteligência Artificial. “A IA vai permear tudo, mas precisa da nuvem e da mobilidade para funcionar. A IA será usada no planejamento e na operação da rede. Quem não pensar em IA, está ficando cada vez mais para trás”, diz a executiva.
E aqui entra a programabilidade. Rede programável, diz a CTO, é aquela que entrega a melhor experiência de forma mais eficiente. É ter capacidade de entregar o best effort, mas com intenção e propósito. “O uso da IA tem de trazer uma forma mais inteligente de gerir a rede; de consumir e de diversificar a oferta de serviço pelas operadoras”. Assista a entrevista com a CTO da Ericsson para o Cone Sul, Andrea Faustino.





