Febraban: tecnologia permitiu aos bancos superar o impacto da pandemia
A Febraban Tech 2022 começou nesta terça-feira, 09, com um discurso no qual o presidente da entidade, Isaac Sidney, defendeu o papel do setor durante a crise. Para ele, os bancos foram fundamentais no auxílio aos mais necessitados e isso graças à evolução tecnológica pela qual o setor vem passando nas últimas décadas, acelerada nos últimos dois anos.
“Graças à tecnologia e à ciência, que possibilitou o desenvolvimento de vacinas em tempo recorde, podemos nos reunir aqui hoje e constatar que vencemos aquele período difícil em que se perderam muitas vidas”, afirmou, ressaltando ainda as transformações ocorridas ao longo das últimas décadas, que resultaram em produtos e serviços como o PIX, internet banking e aplicativos financeiros nos celulares.
Para o presidente da Febraban, tudo isso foi possível graças aos bilhões de reais investidos pelos bancos ao longo de décadas, o que tornou mais cômoda e segura a vida dos clientes. “Os bancos hoje estão no bolso de cada um, em cada casa e cada escritório, democratizando o acesso a serviços financeiros e prestando serviços com que sequer sonhávamos há alguns anos”.
Outro fator destacado por ele foi a inclusão, incrementada durante a pandemia e que se traduz hoje no maior volume de pessoas bancarizadas no País. “Eram 96% dos adultos em 2020, e esse número deve ser maior hoje”, disse, reforçando que só o setor bancário tinha musculatura para permitir o pagamento de ajuda social a milhões de brasileiros. “Foram os bancos que garantiram o pagamento do Auxílio Emergencial”, ressaltou.
Evolução de serviços
Além da inclusão, Sidney destacou a evolução dos serviços bancários ao longo dos últimos anos. O PIX é um exemplo de serviço que permitiu a abertura de novas facilidades para os clientes e de novas oportunidades para os bancos, tanto que 118 milhões de pessoas físicas e empresas já o utilizaram.
O Open Finance e o Open Banking também foram citados como projetos que vão na direção de tornar mais democrática a relação entre bancos e clientes e que devem transformar ainda mais o setor bancário. A expansão do crédito foi lembrada como responsável por irrigar a economia com R$ 9,5 trilhões, mitigando os impactos negativos da crise e evitando uma deterioração ainda maior da economia.
“A oferta de crédito vai crescer este ano cerca de 10,5% e os bancos continuarão trabalhando para que milhões de pessoas possam pagar suas contas e para facilitar e democratizar o acesso a serviços bancários a todos, principalmente ao crédito”, lembrou.
Ao mesmo tempo em que destacou a evolução dos bancos, Sidney lembrou que, em tempos de eleição, o setor deve cobrar dos candidatos um posicionamento claro em relação a seus programas e propostas. “Fazemos parte de um dos setores mais importantes da economia e vamos ouvir todos os presidenciáveis. A eleição é uma oportunidade única para discutir os caminhos que precisam ser trilhados para encontrar soluções”, completou.