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Gastos com infraestrutura em nuvem pública vão bater R$ 20 bilhões

O montante é referente ao mercado nacional, que registrará um crescimento perto de 20% em relação a 2024, revelou a IDC. Datacenters vão chegar a R$ 7,15 bilhões, com os datacenters próprios em alta.

Por Roberta Prescott

Os ambientes híbridos deixaram de ser uma opção e passaram a ser o padrão para a maioria das empresas; e isso seguirá forte em 2025. Como consequência, cresce a criticidade da segurança desses ambientes híbridos, o que demandará mais recursos inteligentes habilitados por IA. E ainda: o mercado de infraestrutura para TI continuará aquecido — e não apenas por causa da IA. Essas são algumas das previsões da IDC para o mercado corporativo em 2025.

Luciano Ramos, gerente-regional da IDC para o Brasil, assinalou que quase a totalidade das empresas de grande porte conta com recursos de nuvem pública que se integram com outros tipos de infraestrutura, em especial com datacenters tradicionais — que mantêm sua importância e seguirão recebendo investimentos.

Mas há um ponto a ser analisado: a movimentação de workloads continuará. “Em 2024, dois terços das empresas afirmaram que tinham intenção de repatriar algum workload. Ou seja, trazer da nuvem, mas 90% das empresas afirmaram que aumentariam workloads na nuvem. Interpretamos isso como ajuste de workloads, o que é natural”, ponderou Ramos na apresentação da IDC Predictions Brazil 2025, realizada no dia 12 de fevereiro.

Assim, os gastos com infraestrutura em nuvem pública devem alcançar US$ 3,5 bilhões em 2025 no Brasil, um crescimento próximo de 20% em relação ao ano anterior, segundo a IDC. Os serviços de datacenter também se destacam neste ano, atingindo US$ 1,3 bilhão com uma trajetória de crescimento sustentada tanto pelas empresas como pelos hyperscalers. A IDC também espera mais investimentos ao longo de 2025 em infraestrutura para datacenter no modelo on-premises.


A forte presença da nuvem na infraestrutura digital das empresas faz aumentar a criticidade da segurança em ambientes híbridos. Para 36% das empresas, a segurança é crucial para atingir os objetivos de negócio. A IDC disse acreditar que abordagens zero-trust e secure by default terão destaque e continuarão ganhando espaço na proteção de ambientes híbridos e de nuvem. Práticas que se somarão às iniciativas de automação e às melhorias trazidas pela IA para produtos e serviços de segurança, focando na redução dos riscos cibernéticos e assegurando a continuidade dos negócios.

Nesse cenário, soluções habilitadas por inteligência artificial ganham relevância. A IDC apontou que a “integração de IA e IA generativa na segurança da nuvem está provando ser crucial, não apenas simplificando o compliance e aprimorando as operações de segurança, mas também aumentando a produtividade e melhorando os tempos de resposta dos times.

Em números, as soluções de segurança, sejam elas de hardware ou software, somarão US$ 2,1 bilhões em 2025 no Brasil, mantendo o ritmo de crescimento dos últimos anos. Globalmente, nos próximos 18 meses, mais de 40% dos ambientes multicloud tirarão proveito da IA generativa para simplificar a gestão de segurança, reduzindo os esforços manuais pela metade, disse a IDC.

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