Governo de Minas Gerais quer desligar ERP em mainframe em janeiro de 2025
Minas Gerais vai ter um mês de setembro decisivo para saber se vai abandonar o ERP em mainframe por um GRP em sistema cliente/servidor, desenvolvido internamente no Estado. Hoje o governo usa o SIAFI, mas quer ir para um ERP com interface Web, conta o diretor presidente da Prodemge, Roberto Reis, em entrevista ao CDCast, durante o SECOP 2024, realizado nos dias 08 e 09 de agosto, no Rio de Janeiro.
“Esse projeto já consumiu muito tempo e dinheiro. A decisão de ter pacote de gestão empresarial próprio foi tomada há 10 anos. Os ERPs de mercado não atendem a todas as demandas de um governo. Se decidirmos migrar, a transição será em janeiro de 2025. No Prodemge, temos 60 pessoas envolvidas nesse projeto, além dos servidores da Fazenda. A ideia é migrar, mas vamos decidir se vamos mesmo ou deixamos para 2026. É muito desafiador”, afirma Reis.
O executivo também falou que está por sair um Decreto do Estado para a criação de um Comitê estadual de Governança de Dados. A ideia é que os principais órgãos do estado possam definir uma política pública sobre o uso dos dados. “O que é certo é que o comitê estadual de LGPD terá de conversar com o de governança de dados. O ponto central é que faltam profissionais. Muitos órgãos ainda não têm DPOs”, lamenta Reis.
Na TI, afirma Reis, a sustentação de sistemas legados é a ‘maior dor de cabeça’ do momento, uma vez que há escassez de profissionais, há problemas no desempenho e dificuldades com a interface. “Muito desses sistemas está na cabeça do analista. Estamos fazendo um piloto de trocar um sistema do mainframe para java. Se der certo, vamos avançar”, sinaliza o diretor-presidente do Prodemge. Roberto Reis fala ainda o impacto da transformação digital em Minas Gerais. Assista a entrevista.
