
Vinculado à gestão do parque tecnológico de Zhongguancun — conhecido como o “Vale do Silício chinês” —, o ZGC Group opera com um orçamento anual superior a 10 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 1,4 bilhão), abrangendo iniciativas em pesquisa e desenvolvimento, internacionalização de startups, incubação de empresas e apoio a políticas públicas de ciência e tecnologia. O grupo desempenha um papel estratégico na articulação entre governo, academia e setor privado, com forte presença internacional. Além disso, administra um fundo de investimentos e realiza uma das maiores feiras de tecnologia do país, com o objetivo de posicionar a China como protagonista na próxima onda de inovação tecnológica.
A proposta central da carta de intenções é a criação, com o apoio da ABES, de um “China Desk” no Brasil, que irá funcionar como uma plataforma permanente para facilitar conexões comerciais, identificar oportunidades de colaboração tecnológica e apoiar a internacionalização de empresas brasileiras e chinesas. A iniciativa visa impulsionar parcerias estratégicas, apoiar joint ventures e projetos colaborativos, orientar empresas chinesas interessadas no mercado brasileiro e ajudar companhias brasileiras a acessar o competitivo ecossistema tecnológico chinês. As partes se comprometeram a formalizar os detalhes operacionais da parceria nos próximos 90 dias.
“A parceria entre a ZGC International e a ABES marca um novo capítulo na colaboração tecnológica entre o Brasil e a China. Esta cooperação representa uma ponte concreta para estimular a troca de experiências, promover investimentos bilaterais e impulsionar o crescimento de startups e empresas inovadoras nos dois países”, declara Feng Bo, representante no Brasil da ZGC International Holding Limited.
O acordo foi viabilizado por meio de um convite oficial do governo chinês à ABES, e a assinatura do documento representa um passo importante rumo ao fortalecimento das relações bilaterais no campo da inovação e da economia digital, abrindo novas perspectivas para o crescimento conjunto e a competitividade global das empresas dos dois países. “Estamos muito felizes com essa aproximação. Essa parceria pode abrir portas valiosas para o setor brasileiro de tecnologia, promovendo inovação, troca de experiências e possíveis investimentos em projetos conjuntos”, afirma Rodolfo Fücher, vice-presidente do Conselho da ABES.