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IA, GenAI e cibersegurança são os donos dos orçamentos dos CIOs brasileiros

Os resultados da pesquisa realizada pelo Gartner não apresentaram surpresas, diante da notoriedade do avanço frenético das intenções dos CIOs brasileiros de empresas de variados setores da economia em adotar ou mesmo estudar a possibilidade de evoluir seus ambientes tecnológicos com IA (92%), GenAI (92%) e segurança cibernética/informacional (91%).

Os investimentos nas tecnologias estarão apoiados no providencial aumento de 6,6% nos orçamentos dos CIOs, também estimados pelo levantamento, apresentado pos analista do instituto de pesquisa durante a Conferência Gartner CIO & IT Executive, realizado em São Paulo.

Explorar o orçamento de maneira estratégica inclui a adoção dessas tecnologias emergentes, mas também a redução de investimentos em alguns setores. Segundo o estudo, serão impactadas com diminuição planejada as áreas de infraestrutura legada e tecnologias de datacenter (22%), tecnologias de computação de próxima geração (14%) e human augmentation (11%).

A pesquisa revelou ainda que melhorar as margens operacionais foi o resultado crítico número um que os CIOs tiveram em mente ao considerar investimentos em tecnologia digital. Na avaliação de Luis Mangi, vice-presidente de Pesquisa, global CIO Advisory Team, e chairman da conferência, esse comportamento faz sentido tendo em vista a redução de investimentos nessas três principais áreas, já que elas agora são vistas como partes que não ajudam mais nas margens operacionais.

Previsões em cibersegurança


Os ciberataques seguem ameaçando o mundo digital a cada dia com mais sofisticação, gerando preocupação constante e consequentemente investimentos para minimizar riscos. Não por acaso, analistas do Gartner estimam que dois terços das cem maiores empresas globais vão estender os seguros disponíveis para diretores para os líderes de cibersegurança.

A medida foi impulsionada pelos riscos jurídicos pessoais. Sendo assim, o Gartner prevê que o combate à desinformação custará às empresas mais de US$ 30 bilhões.

Até 2028, a adoção da GenAI implodirá a lacuna de habilidades, eliminando a necessidade de educação especializada para 50% das posições de cibersegurança de nível básico. De acordo com o Gartner, os complementos da GenAI mudarão a forma como as empresas contratam e ensinam os trabalhadores de cibersegurança em busca da aptidão correta e a educação adequada.

As empresas estão cada vez mais focadas no engajamento personalizado, defende o Gartner, como componente essencial para tornarem eficazes de seus programas de comportamento e cultura de segurança. A GenAI, prossegue, tem o potencial de analisar o comportamento e gerar conteúdo e materiais de treinamento hiperpersonalizados que levam em conta os atributos únicos de cada funcionário.

“Os recursos da GenAI são fundamentais quando se trata de consideração organizacional, à medida que as empresas continuam a entender como integrar a GenAI como parte de seu roadmap de soluções”, diz Oscar Isaka, analista diretor sênior do Gartner.

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