IBGE: 20,5 milhões de brasileiros são excluídos digitais; banda larga fixa cresce e telefone fixo em declínio absoluto
Um dado curioso do PNAD, do IBGE: 0,3% da população brasileira ainda usou, em 2024, acesso à Internet via conexão discada. Telefonia fixa está presente em apenas 7,5% dos domicílios. Excluídos digitais ainda são uma realidade.

Em 2024, 2,6% dos domicílios (2,1 milhões) não tinham telefone (fixo ou móvel), queda de 0,2 p.p. em comparação a 2023. As maiores proporções estavam nas regiões Nordeste (4,7%) e Norte (3,2%), enquanto nas demais não ultrapassou 2,0%.
Havia telefone fixo convencional em 7,5% dos domicílios do país e esse percentual tem apresentado declínio desde 2016 (32,6%). A parcela dos domicílios que tinham telefone móvel celular, por outro lado, apresentou aumento desde 2016 (93,1%), chegando ao maior percentual da série histórica em 2024 (97,0%). Já os domicílios em que havia somente telefone móvel celular eram 89,9%.
O PNAD, do IBGE, mostra que a banda larga fixa segue à frente da banda larga móvel como acesso à Internet. Nos domicílios em que havia utilização da Internet, o percentual dos que usavam banda larga móvel passou de 83,3% para 84,3%, entre 2023 e 2024. Já o percentual dos domicílios que utilizavam a banda larga fixa aumentou de 86,9% para 88,9% nesse mesmo período.
“O uso de banda larga continua se expandindo no Brasil. Em 2024, ambos os tipos de conexão por banda larga (fixa e móvel) mostraram crescimento nos domicílios, com destaque para a banda larga fixa, que teve aumento superior à banda larga móvel, ampliando a diferença entre elas na taxa de adoção”, explicou o analista Leonardo Quesada.
A Região Norte apresentou o maior aumento no percentual de domicílios com banda larga fixa (2,5 p.p.), embora tenha a menor proporção entre as regiões (84,6%). A Região Nordeste, com aumento de 1,8 p.p. em 2024, continua sendo a região com a maior proporção (92,3%) de banda larga fixa. O menor percentual de domicílios com banda larga móvel estava no Nordeste (70,0%), enquanto as demais regiões apresentaram taxas superiores a 80%, chegando a 91,1% na Região Sudeste. Em 2024, nos domicílios em que havia utilização da Internet, a parcela que utilizava conexão discada foi de apenas 0,3% no Brasil.
O levantamento mostra que entre os 188,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade no Brasil, 89,1%, ou 168 milhões, confirmaram ter acessado a internet no período de três meses anteriores ao da entrevista com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acesso à internet já atinge 93,6% do total de lares brasileiros, em 2024 – ante 92,5% em 2023.
Os excluídos digitais, ou seja, aqueles que não usam internet, chegaram a 20,5 milhões de pessoas em 2024 ou 10,9% de pessoas acima de 10 anos ou mais de idade. Na prática, em 5,1 milhões de domicílios do País não havia utilização da internet, de acordo com mapeamento do IBGE.
