
Até o final deste ano, 85% das corporações vão usar algum tipo de agentes de IA, decretou o diretor de inteligência artificial e dados da IBM Brasil, Thiago Viola, que participou do AI Forum Brasil 2025, realizado nesta quinta-feira, 5/6, em São Paulo. “É mais rápido criar conteúdo do que ler e entender”, disse.
No mercado corporativo, o foco deve estar na IA responsável, na gestão de custos e em escalar a inteligência artificial. O desafio é manter uma implementação responsável de inteligência artificial e isso se faz por meio da experimentação com inteligência artificial generativa. Na parte de custos, o desafio das organizações está em gerenciar melhores modelos e custos e para isso buscam-se provas de conceito e experimentação de agentes de IA em produção.
Segundo Viola, a evolução da IA passou de conversas com assistentes; de criar com os modelos para chegar a uma inteligência artificial que faz as coisas por meio dos agentes. Nesse sentido, os dados são cada vez mais uma ferramenta poderosa. “Na combinação de dados e com os agentes é onde vamos conseguir escalar o uso de agentes de IA”, apontou Viola, lembrando que agentes trabalham com base em feedbacks, operam de maneira autônoma, aprendizado contínuo e funcionam em modo operação 24×7.
O diretor de IA ressaltou que está em discussão qual será o melhor protocolo para que todos os agentes de IA se comuniquem, algo fundamental para que os clientes não fiquem aprisionados (lock-in) em um fornecedor. “Dados estão no centro da estratégia de IA; a arquitetura dos agentes de IA é crucial para uma adoção bem-sucedida e escalável”, resumiu Viola.
Um estudo global da IBM mostra que 59% dos executivos brasileiros estão preparando os funcionários para as mudanças culturais e operacionais que os agentes de IA estão trazendo para o ambiente de negócios. O estudo expõe, ainda, que 63% dos CEOs brasileiros acreditam que os ganhos potenciais de produtividade da automação são tão grandes que precisam aceitar riscos significativos para se manterem competitivos e 61% afirmam que o risco de ficar para trás os leva a investir em tecnologias antes de entenderem totalmente seu valor.
Confira outros dados da pesquisa no Brasil:
58% dos CEOs acreditam que a vantagem competitiva depende de quem tem a IA generativa mais avançada.
46% afirmam que estão incentivando suas organizações a adotar a IA generativa em um ritmo mais rápido do que algumas pessoas consideram confortável.
59% dizem que suas organizações precisam tirar proveito de tecnologias que mudam mais rápido do que as pessoas conseguem se adaptar.
69% afirmam que a IA muda aspectos do negócio que consideram essenciais (“core”).
71% dizem que o sucesso depende de manter um grupo amplo de líderes com profundo conhecimento de estratégia e autoridade para tomar decisões críticas.
76% consideram a flexibilidade orçamentária para oportunidades digitais como crítica para crescimento e inovação a longo prazo.