Mercado

Importações de celulares crescem 83% no primeiro bimestre

O déficit da balança comercial de eletroeletrônicos chegou a US$ 3,75 bilhões no acumulado dos dois primeiros meses de 2017, valor 34% acima do verificado em janeiro e fevereiro de 2016 (US$ 2,79 bilhões). Segundo a Abinee, isso é reflexo direto da alta de 24,7% nas importações, que passaram de US$ 3,61 bilhões para US$ 4,51 bilhões nessa comparação. Além disso, as exportações caíram 8% no primeiro bimestre (de US$ 820,7 milhões para US$ 755,3 milhões). 

“Por um lado, verificaram-se quedas expressivas nas vendas externas de Equipamentos Industriais (-44,3%) e de bens de Informática (-30,0%); e por outro lado, algumas áreas apresentaram crescimentos significativos, tais como: GTD (+55,5%) e Telecomunicações (+43,8%)”, diz a Abinee. 

A Abinee ressalta em telecom o desempenho das vendas externas de estações radiobase, que cresceram 203%. O valor, porém, passou de US$ 7 milhões para US$ 22 milhões. Ao mesmo tempo, as importações no setor passaram de US$ 254 milhões para US$ 316,8 milhões no bimestre, na comparação com 2016. 

“Destacou-se o crescimento significativo das importações de telefones celulares, que aumentaram de US$ 62 milhões, para US$ 114 milhões, no período citado, com acréscimo de 83%. Neste caso também, a origem de quase a totalidade das compras externas foi a China.”

O principal impacto no déficit foi, mais uma vez, a compra de componentes, que representam 60% das importações do setor. Nos dois primeiros meses, o valor importado passou para US$ 2,71 bilhões, alta de 31,8% sobre o registrado em janeiro e fevereiro do ano passado (US$ 2,05 bilhões).


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