Mercado

Importações de celulares triplicam em 2016

Depois de três anos de queda, a importação de celulares disparou em 2016, quando foram comprados 11,9 milhões de aparelhos. Ainda não chega ao movimento de 2012 (15,6 milhões), mas significou uma alta de 214% sobre 2015, quando apenas 3,8 milhões de celulares foram importados. E 2017 começa ainda mais acelerado. Em janeiro foram 796 mil aparelhos, contra 227 mil um ano antes – um crescimento de 250%. 

O preço, em dólar, também triplicou, como ressalta a Abinee ao avaliar a balança comercial deste início de 2017, quando destaca “a expansão significativa das importações de telefones celulares, que aumentaram de US$ 20 milhões, em janeiro de 2016, para US$ 66 milhões”.

A entidade alerta que o quadro geral é de retração e que os números de janeiro de 2016 são muito fracos, o que também impacta na variação. “É importante destacar que as importações ocorridas em janeiro do ano passado foram muito baixas, sendo consideradas, portanto, uma base fraca de comparação, o que favorece o crescimento apontado em janeiro deste ano.”

Diz ainda a Abinee que “ao analisar os meses de janeiro dos anos anteriores, nota-se que a retração do mercado interno, consequência da crise econômica nos últimos dois anos, fez com que as importações reduzissem seu montante pela metade, passando de US$ 3,9 bilhões, em janeiro de 2014, para US$ 1,8 bilhão, em janeiro de 2016”. Neste ano, janeiro registrou compras externas de US$ 2,5 bilhões. 

Ainda avaliando o mês, a entidade registra que o déficit da balança comercial dos produtos elétricos e eletrônicos atingiu US$ 2,2 bilhões, resultado 54% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (US$ 1,4 bilhão). “A alta das importações atingiu todas as áreas representadas pela Abinee, com exceção do segmento de automação, e com destaque para o aumento de 45,5% dos componentes elétricos e eletrônicos, cujo montante representa 60% das importações totais do setor.”


As exportações caíram 13%, para US$ 349,3 milhões em janeiro – mas esse resultado tem impacto isolado de um item industrial que teve pico de venda em janeiro de 2016 e agora voltou ao normal. No quadro geral das vendas externas, a Abinee aponta para a queda de 25% em bens de informática e destaca nesse terreno a redução de 37% nas exportações de cartões inteligentes (smart cards).

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