Impulsionada por 5G e IoT, economia digital vai gerar US$ 23 trilhões até 2025
O Global Industry Vision (GIV), divulgado pela Huawei, apura que a economia digital, por meio das novas tecnologias, cloud computing, Internet das Coisas, Inteligência Artficial e 5G, vai gerar US$ 23 trilhões até 2025. A conectividade, e o 5G, serão cruciais para que essas projeções se concretizem, adverte a fabricante, que neste momento vive um embate com o governo norte-americano.
O levantamento aponta que até a metade da próxima década, 90% dos usuários de dispositivos terão algum tipo de assistente pessoal, baseado em inteligência artificial. As pessoas utilizarão 200 milhões de veículos conectados a redes 5G. Já as empresas estarão mais do que nunca na nuvem: 85% delas terão suas aplicações em Cloud Solutions.
Para países em desenvolvimento, apura ainda o relatório GVI, a tecnologia pode ser o grande salto para chegar ao próximo estágio de maneira muito mais precisa e produtiva. Segundo o estudo, em 2025, cerca de 26 bilhões de equipamentos industriais estarão conectados por soluções que envolvem cloud, robôs inteligentes e diversos software. Cadeias industriais inteiras serão mais eficientes e serão capazes de produzir ganhos até mesmo acima das projeções mais otimistas.
Em entrevista ao portal Convergência Digital, o diretor de desenvolvimento de novos negócios da Huawei Brasil, Sandro Paiva, diz que o País precisa fazer a sua jornada digital agora. “Não há mais como fugir dessa realidade”, observa. Diz também que os empresários, em especial, os de áreas onde a tecnologia já pode ajudar neste momento, como o do agronegócio. “Já há tecnologias capazes de ajudar muito como os drones para o monitoramento e para o controle de pragas, mas os empresários precisam acreditar mais e entender que o processo mudou de vez”, salienta o executivo.
Com relação ao 5G no Brasil, Paiva diz que há a expectativa de uma posição definitiva da Anatel, mas assegura que as operadoras- mesmo que tenham uma reserva quanto ao melhor momento de licitação – já se mobilizam. “Todas sabem que não há como fugir do 5G, estão como 5G no radar, mas também sabem que precisam monetizar o 4G e o 4,5G”, sinaliza.
Sobre a computação em nuvem, Paiva reforça a tese dos especialistas que cloud é a base de tudo. É cloud que dá alicerce às novas tecnologia. Segundo o executivo, o GVI mostra que o mundo caminha para o maior uso da realidade virtual e a realidade aumentada. Mas indaga: por que essas tecnologias não massificaram ainda? Porque há questões de tecnologia para resolver e também com relação aos óculos, que ainda são pesados, caros e desajeitados. Do ponto de vista dos dados, a disseminação da nuvem vai ampliar o armazenamento dos dados e expandir as fertas de Realidade Virtual e Realidade Aumentada.
Na China, aliás, conta Paiva, há um projeto em andamento com a operaradora China Mobile, batizado de META, que usa um capacete para deficientes visuais terem indepedência, por meio de informações armazenadas na nuvem. “Se um deficiente visual está pegando uma coca-cola no supermercado ele saberá que está pegando o preço cobrado. Tudo com cloud e 5G. Hoje esse teste está ainda em laboratório, mas será uma realidade em pouco tempo”, conclui Sandro Paiva.