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Inteligência Artificial: CISOs sofrem pressão absurda para cumprir metas irreais

"A IA é inevitável, mas nem tudo está pronto e operacional", adverte o CEO da JC2Sec, Carlos Alberto Costa. Para o CISO global da Natura, Ticiano Benetti, a defesa cibernética já enxerga robô lutando contra robô.

A inteligência artificial é inevitável e está inserida à jornada de cibersegurança, mas há pontos críticos para serem tratados. Entre eles, a pressão absurda que está sendo feita nos CISOs para cortar custos e pessoais.

“Há uma imposição de metas absurdas de redução de custos aos CISOs como se tudo estivesse desenvolvido em IA, mas muito ainda está nas pranchetas e no marketing. Nem tudo está pronto ou de fato operacional”, advertiu o CEO da JC2Sec, Carlos Alberto Costa, ao participar do CD Live, Cyber Supply Chain: Quem está no controle dos riscos, você ou seus fornecedores? realizada nesta terça-feira, 22/7, no portal Convergência Digital.

O CISO Global da Natura, Ticiano Benetti, que se autodefine como um apaixonado sobre o tema Inteligência Artificial, foi taxativo: não tem ninguém em cyber que não esteja usando IA, até porque os atacantes estão usando e muito. “Na defesa cibernética, já vemos robô lutando contra robô. É o bem contra o mal mesmo”, afirma. Mas o executivo assegura que a IA só vai roubar emprego de quem se recusar a aprender a usá-la. “Na cadeia de fornecedores entendo que a IA pode ajudar muito porque ela ajuda a fazer o diligenciamento de cyber, de finanças e de compliance”, observou.

Governança é o nome do jogo e muitas empresas ainda não se deram conta quando pensam em inteligência artificial, acrescenta Álvaro Teófilo, da AT Riscos Digitais e ex-head de Riscos não financeiros do Banco Santander Brasil. O consultor diz que a evolução dos algoritmos traz às empresas um nível gigantesco de automação, e muitas têm como desejo primário colocar a IA para atender aos seus clientes. A questão é que ainda é preciso testar muito os frameworks para evitar ruídos ou IA dando desconto que não deveria.

“Empresa da área como a Microsoft entendeu que a governança técnica do uso da inteligência artificial tem de ser gerida pela equipe de segurança. Ainda temos um grande desafio pela frente com a IA e é preciso que as empresas pensem e repensem seus projetos”, adicionouTeófilo. Assistam ao debate sobre IA no CD Live, Cyber Supply Chain: Quem está no controle dos riscos, você ou seus fornecedores?


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