Inteligência Artificial: muito longe de substituir o juiz numa decisão judicial
O poder judiciário não funciona mais sem TIC, afirmou o juiz Aldo Sabino, responsável pela área de TI no Tribunal de Justiça de Goiás, Aldo Sabino, ao participar do 11ºFórum TIC na Justiça, que acontece nesta quarta-feira, 27/09, em Goiania, com realização da Network Eventos e da J.Ex.
“Se uma pane, uma inconsistência de sistema acontecer, é o caos. Sem automação não teríamos mais como atender a demanda. Os robôs estão fazendo a diferença no atendimento ao usuário”, admitiu o magistrado. Ainda assim, Aldo Sabino se mostra reticente com relação à Inteligência Artificial vir a construir uma decisão judicial.
“Não vejo isso acontecendo num bom espaço de tempo. A inteligência humana faz a diferença e sempre o fará”, frisou em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital. Mas Sabino diz que enxerga a IA ‘com muitos bons olhos’ para fazer as tarefas repetitivas. “Para isso ela é imbatível. Nós, juízes, estamos usando a IA para a leitura e classificação das petições repetitivas. A IA nos ajuda muito a agilizar as decisões e o atendimento”, observa.
Aldo Sabino admite que muitas pessoas ainda não estão integradas à justiça federal e muito tem de ser feito pela frente. “E aqui temos as tecnologias novas como o 5G permitindo fazer integração de localidades mais distantes”, observa. Indagado sobre os hackers- o poder judiciário é um alvo no Brasil – o magistrado conta que em Goiás, a TI ganhou independência e responde apenas à presidência do Tribunal.
“A TI sempre teve muitos chefes e isso é um caos. Já no combate aos hackers, nós estamos gastando muito. Os ataques acontecem sempre, mas com investimentos estamos mitigando e impedindo que os hackers consigam chegar aos dados”. Assistam a entrevista com Aldo Sabino, responsável pela área de TI no Tribunal do Estado de Goiás.