Investimento chinês em Telecom perde longe para setores de energia e mineração
Em que pese o interesse do governo brasileiro na eventual possibilidade da China Mobile investir na participação societária da Oi, até o momento a gigante de telecomunicaçõres chinesa apenas colocou no país US$ 9 milhões. A empresa apenas investiu no ano passado em solo brasileiro, para a formação de um escritório que ficou encarregado de se relacionar com as demais empresas de telefonia, para a expansão do seu roaming internacional, além de interconexão de redes e cooperação em projetos de inovação em Tecnologia da Informação.
Isso consta do Boletim Bimestral de Investimentos Chineses no Brasil nº2, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, que aborda a entrada de capital chinês no bimestre novembro/dezembro de 2017. E demonstra que a participação da China no mercado brasileiro de Telecomunicações é praticamente irrisório, mesmo com a presença de algumas gigantes da área de fornecimento de equipamentos para serviços de rede.
Irrisória, se comparados com outros setores brasileiros que andaram ganhando investimentos pesados dos chineses. O interesse maior tem se concetrado nos setores de energia e mineração, com mais de 85% dos investimentos confirmados pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Em cifras, esses investimentos já alcançaram a marca dos US$ 46,7 bilhões, voltados para transmissão e geração de energia elétrica; exploração de petróleo e gás e extração de minerais.
Também há que se registrar a forte presença chinesa no mercado automotivo, com a participação de montadoras como a Chery, Lifan, Elfa e Jac Motors.