O Itaú já entendeu o funcionamento do open gateway, a iniciativa global da GSMA que transforma as redes de telecomunicações em plataformas programáveis e abertas. O banco já tem projetos, tanto em produção como em testes, usando a plataforma, conforme explicou Augusto Nellessen, head de telecom do Itaú, em entrevista à CDTV durante o Painel Telebrasil, em Brasília.
“Open gateway está em produção com uma API, de SIM swap, e estamos fazendo POC com outras três APIs, que já temos o código pronto, mas estão em período de validação e rollout”, explicou. As APIs em testes estão na área do processo de melhor conhecer o cliente (KYC), usando a plataforma para agregar informações oriundas das operadoras e, assim, ser mais assertivo no contato com o cliente. Também está validando QoD, que faz a qualidade de serviço e a geolocalização para saber se o número e telefone está no local que deveria estar.
O executivo disse que enxerga grande potencial para open gateway no setor de fraude e na melhora da experiência do cliente. “O requisito mais importante que podemos fazer é a mudança de jornada, com redução de fricção e dando segurança para o cliente de que ele está, de fato, passando por verificação, mesmo que não esteja vendo. É ter jornadas hiperconvergente de fato”, assinalou.
Ao participar de debate durante o Painel Telebrasil, Augusto Nellessen também destacou o papel fundamental que a conectividade tem para sustentar toda a transformação pela qual o banco centenário está passando. “Desde 2015, passamos por uma transformação brutal, modernizando a plataforma, porque herdamos, após aquisições, plataformas complexas e diversas que entendemos que seria necessário modernizar, mas não fazemos isso sem mudar a cabeça das pessoas”, apontou.
Toda a movimentação tem como “ângulos de ataque”, entre eles, alterar a forma como se enxerga o cliente, promovendo uma experiência mais personalizada, e modificar o banco internamente. “A conectividade mudou o banco. Temos o nosso datacenter, mas o dado mora em cloud pública e SaaS e isso faz com que as redes e a conectividade fiquem mais importantes e relevantes”, assinalou. Assista a entrevista.