Mercado

Metade do processamento de dados estará na nuvem até 2025 no Brasil

Média brasileira já está muito próxima a das empresas dos Estados Unidos, pontua o professor Fernando Meirelles, da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo.

Pela primeira vez em 34 anos, a Pesquisa Anual do FGVcia sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas, divulgada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVcia), projeta que a computação em nuvem responde, em média, por 42% do processamento das organizações nacionais.

“Essa é a primeira vez que divulgamos esse dado, porque é algo difícil de medir, pois muitas vezes as respostas não são confiáveis. Empresas que indicam ter 100% de processamento em nuvem, quando vamos verificar, está mais perto de 60%, e fizemos a média pra chegar aos 42% ”, destacou o professor Fernando Meirelles, responsável pelo estudo.

Os principais projetos de TI relatados no estudo continuam sendo Inteligência Analítica (Analytics) combinada com Inteligência Artificial e implementação do “novo” ERP. Um dado relevante: O Excell ainda é usado por 91% das empresas para tabulação dos dados. Nas grandes empresas: segurança, governança, IoT, nuvem, buscar e reter talentos de TI e TI apoiando projetos de sustentabilidade.

As respostas sobre o uso de nuvem na pesquisa ainda são difíceis de serem validadas, mas mais de 90% das grandes organizações pesquisadas afirmaram ter pelo menos uma carga de trabalho na nuvem, com 42% do processamento ou dos dados corporativos sendo armazenados em nuvem pública e que continuarão a crescer, lembrando que média norte-americana está em 52%”, reforça o professor Fernando Meirelles. Segundo ele, essa participação vai continuar crescendo a taxas próximas de 10%. Em dois anos, projeta, metade do processamento estará na nuvem.


A pesquisa apura ainda que nos últimos dois anos (2021 e 2022), os gastos e investimentos em TI nos bancos cresceram 11% ao ano, atingindo R$ 32 bilhões, e a projeção é que continuem em alta e atinjam próximo a R$ 43 bilhões em 2024. O volume de transações por meios virtuais com origem no celular (Mobile Banking) e Internet tendem a 90% das transações (90% por smartphone). 

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