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Mobile banking chega a 44% das operações bancárias no Brasil

O Mobile banking, ou o banco no celular, coleciona feitos no setor bancário e prova que o smartphone se transformou, de fato, em um dispositivo para fazer transações financeiras para o brasileiro. A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2020, mas com dados apurados nos últimos seis meses de 2019, divulgada nesta quinta-feira, 18/06, mostra que as transações bancárias cresceram 11% em 2019, registrando 89,9 bilhões de operações. Deste total, 39,4 bilhões, ou 44% do total, correspondem a operações feitas pelo mobile banking.

De acordo com o levantamento – apresentado parcialmente, uma vez que mais dados serão divulgados na edição do CIAB Febraban 2020, pela primeira 100% online, nos dias 23 a 25 de junho – as operações com movimentação financeira no smarthphone tiveram alta de 41% no ano passado em relação a 2018. Na comparação anual, o mobile banking mostrou significativo avanço em todas as transações pesquisadas: contratação de investimento (alta de 114%); tomada de crédito (+47%); transferências, DOCs e TEDs (+43%); pagamento de contas (+39%). A pesquisa também revelou que a contratação de seguros por celular cresceu 133%, enquanto os depósitos virtuais mostram alta de 327% nesse canal .

O cliente do mobile banking faz login no banco 23 vezes por mês, sendo que os chamados heavy users – usuários que fazem mais de 80% das transações em um único canal – visitam seu banco 40 vezes, na média mensal. Já as contas abertas pelo smartphone cresceram 66% em 2019, na comparação ao ano anterior, totalizando 6,5 milhões.

O estudo mostra um crescimento de 34% em relação as contas ativas no mobile banking. Para a Febraban, conta ativa é aquela que teve pelo menos uma transação feita no período da pesquisa. Houve ainda um crescimento das transações efetivamente financeiras no mobile banking. “Foi um incremento de 2% o que pode parecer pouco, mas não é. É muito significativo. Isso revela uma real preferência do correntista pelo meio bancário no celular”, afirma o diretor de Tecnologia da Febraban, Gustavo Fosse.

Sobre o impacto da pandemia de Covid-19 – não apurado nesse estudo – Fosse assegura que ele será percebido, certamente, na pesquisa de 2021. ‘Não há dúvida que a pandemia mudou o comportamento. Vamos ver o mobile banking e internet banking crescendo muito. Usar o celular para pagar contas se massificou”, adicionou Fosse.O estudo constata que, hoje, 63% das operações bancárias são feitas pelos meios digitais – internet banking e mobile banking -, percentual que era de 46% em 2014. Atualmente, praticamente todas as operações bancárias podem ser feitas de forma eletrônica.


A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária foi feita com 22 bancos, que representam 90% dos ativos da indústria bancária. O estudo, já em sua 28ª edição, traz uma radiografia e tendências do comportamento do setor financeiro no que se refere aos investimentos e uso da tecnologia, bem como a relação dos consumidores com os canais de atendimento. A pesquisa pode ser acessada aqui: http://portal.febraban.org.br/pagina/3106/48/pt-br/pesquisa

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