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Municípios usam a tecnologia para terem energia sustentável e eficiente

A cidade de La Reina, no Chile, trocou toda a iluminação tradicional por lâmpadas LED em uma licitação de US$ 8 milhões com pagamento em 120 meses e o melhor resultado obtido foi o da redução das reclamações do cidadão, afirmou o diretor de Obras Municipais de La Reina, no Chile, Carlos Linero, ao participar nesta quarta-feira, 16/11, do evento Smarter Cities & Digital ID Forum: Desafios e soluções para a América Latina, realizado pela NEC. “Nós conseguimos ter um monitoramento remoto que nos permitiu um serviço de mais qualidade e nos trouxe mais receita”, detalhou.

Energia é assunto estratégico no Chile, considerado um dos maiores laboratórios naturais de projetos de iluminação voltada para a manutenção e preservação do meio ambiente, observou a secretária regional do Ministério da Energia para a Região do Atacama, Cecilia Sánches Valenzuela. O país possui uma legislação específica par assegurar mais conforto às aves e animais, especialmente na região costeira. “O que não quer dizer que não estamos também pensando no cidadão chileno. Mas o uso de energia eficiente reverte em melhores serviços ao cidadão. O que precisamos trabalhar são as oportunidades de financiamento para assegurar à gestão pública ter condições de fazer as mudanças necessárias”, observou a executiva.

Buenos Aires, na Argentina, trabalhou nos últimos 10 anos para se tornar uma cidade 100% LED com a intenção de se tornar uma cidade verde com eficiência energética e com menor emissão de gás carbônico, como também reduzir as reclamações do morador de Buenos Aires com relação à iluminação pública, contou a diretora de Iluminação Pública da prefeitura de Buenos Aires, Magdalena Aybar. Um dos pontos estratégicos da iniciativa, iniciada em 2013, é, agora, fazer a coleta dos dados para a tomada de decisão.

“Por meio do gerenciamento da iluminação pública eficiente, nós estamos coletando os dados, tratando e usando da melhor forma possível. O resultado: as reclamações caíram, a segurança aumentou e obtivemos uma eficiência energética, mas ainda temos muito a fazer porque podemos fazer controles de outros serviços”, detalhou Magdalena Aybar.


A sustentabilidade está associada à energia eficiente e o resíduo dos eletrônicos é uma preocupação relevante, assinalou o diretor de Iluminação Pública da Prefeitura de Rosário, Jorge Nocino. Ele lembra que a transição para lâmpadas LED trouxe um lixo eletrônico com as lâmpadas tradicionais, com mercúrio, que precisa ser descartado da forma correta. “Essa transição da lâmpada tradicional para a de LED exige preocupação com o meio ambiente. O depósito de mercúrio é uma realidade”, frisou. A cidade de Rosario está fazendo a transição desde 2018 e quer se tornar uma cidade amigável para visitantes.

Para Guido Justo, gerente comercial de Smartmation, o principal problema da iluminação pública passa pela gestão do parque de luminárias e, claro, pela possibilidade da coleta de dados por meio da integração do sistema por redes como Internet das Coisas.

“Fica evidente que a interoperabilidade é absolutamente crucial uma vez que diversos aplicativos têm de ser conectados à essa infraestrutura para que se possa ter a iluminação pública integrada a um botão de pânico. Também é essencial para se usar novas tecnologias como a inteligência artificial”, completou.

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